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200 dias de Bolsonaro: A resistência ao governo em 10 momentos

Nesta sexta-feira (19) o governo de Jair Bolsonaro completa 200 dias de duração, com uma vasta lista de propostas, medidas e decretos que atacam diretamente os direitos do povo brasileiro. Ao mesmo tempo, a população cada vez mais percebe que não deve confiar nesse governo.

Relembre 10 momentos em que Bolsonaro e seus ministros tentaram aplicar maldades e tiveram de lidar com a oposição dos movimentos sociais, entidades, organizações da sociedade civil e tantos outros brasileiros.

1. Derrubada do decreto que impunha sigilo a informações do governo

Logo em janeiro, Bolsonaro apresentou um decreto que ampliava o número de autoridades que poderiam classificar documentos como secretos (15 anos de sigilo) e ultrassecretos (25 anos de sigilo). Essa evidente afronta à Lei de Acesso à Informação e à transparência governamental foi derrubada pela Câmara logo em fevereiro, ao aprovar um projeto apresentado pelo PSOL e outros partidos da oposição.

2. Projeto anti-pobre e anti-negro apresentado por Sérgio Moro

O Ministro da Justiça Sérgio Moro, meses antes de ser surpreendido com suas mensagens publicadas na #VazaJato, apresentou um projeto de lei que se pretende “anti-crime”, mas que na prática aprofunda o encarceramento em massa de negros e pobres, assim como abre brechas para legitimar ainda mais a violência policial. O projeto perdeu força após os escândalos envolvendo o ministro, mas pode voltar a ser discutido na Câmara neste segundo semestre. O PSOL tem uma campanha de combate a este projeto que chamamos de anti-pobre e anti-negro.

3. Responsabilização dos culpados pelo laranjal do PSL

Em fevereiro veio à tona na imprensa a denúncia de que o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, organizou um esquema de candidaturas laranjas pelo Brasil para embolsar dinheiro do fundo eleitoral partidário. O primeiro caso publicizado foi do diretório de Minas Gerais, em que o atual Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio (PSL-MG), patrocinou um esquema de verbas para candidaturas femininas que só existiam formalmente para desviar verbas públicas. Depois, denúncias sobre isso também aconteceram em outros estados, como o Pernambuco. A legislação obriga que todos os partidos utilizem ao menos 30% da verba que recebem para candidaturas femininas. O PSOL exigiu que o ministro de Bolsonaro fosse se explicar no parlamento.

4. #TsunamiDaEducação contra os cortes do MEC nos orçamentos das universidades e institutos federais

O principal momento de resistência a estes primeiros 200 dias de Bolsonaro, sem dúvidas, foi o #TsunamiDaEducação protagonizado pelos estudantes brasileiros no mês de maio. Nos dias 15 e 30 de maio, milhões de jovens foram às ruas, convocados pela União Nacional dos Estudantes, para se rebelar contra os cortes orçamentários milionários na educação aplicados pelo Ministério da Educação, principalmente das universidades e institutos federais. Enquanto Bolsonaro chamava os estudantes em luta de “idiotas úteis” e o ministro Abraham Weintraub protagonizava cenas patéticas com chocolatinhos e guarda-chuvas, a juventude mostrou que é a principal oposição a este governo. Relembre as mobilizações do #15M e #30M na cobertura feita pelo PSOL.

5. Greve Geral de 14 de junho para combater a reforma da previdência

A resistência à proposta de reforma da previdência de Jair Bolsonaro também marcou estes primeiros 200 dias e mobilizou trabalhadores e trabalhadoras por todo o país em defesa da aposentadoria e combatendo uma reforma que penaliza prioritariamente os mais pobres. No dia 14 de junho, as centrais sindicais de todo o Brasil se uniram para convocar mobilizações por todo o país em uma importante Greve Geral e que paralisou as atividades nos principais centros urbanos do país. Relembre como foi na nossa cobertura.

6. Revogação do decreto das armas

Uma das principais bandeiras de campanha de Jair Bolsonaro em 2018 foi o armamento da população, mesmo que isso contrarie a vontade da maioria da população e todas as pesquisas da área de segurança pública que indicam o óbvio: quanto mais armas, mais mortes e menos segurança. A reação ao Decreto 9.785, que ampliava o porte de armas e permitia até o porte de alguns fuzis pela população civil, foi tão grande, que o Senado votou pela derrubada do decreto no mês de junho. Antes de sofrer nova derrota na Câmara, Bolsonaro retirou os decretos e busca acordos para aprovar projetos de lei de perfil semelhante. O PSOL tem uma campanha permanente de combate ao armamento da população que você pode participar.

7. Tentativa frustrada de levar a FUNAI para o controle dos ruralistas no Ministério da Agricultura

Outro momento de forte tensão que culminou em uma derrota do governo Bolsonaro foi a tentativa de transferir a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) do Ministério da Justiça para o Ministério da Agricultura, controlado pelos ruralistas. Na prática, o governo pretendia inviabilizar políticas e demarcação de terras indígenas ao colocar essas tarefas em uma pasta dominada pelo agronegócio. Mas na tramitação da Medida Provisória 870/2019, que aplicava essa reorganização, a Câmara dos Deputados devolveu a FUNAI para as competências do Ministério da Justiça, em uma das principais derrotas do governo. De forma inconstitucional, Bolsonaro tentou editar nova MP sobre o tema, mas foi desautorizado pelo STF, já que não se pode editar duas Medidas Provisórias sobre o tema no mesmo ano.

8. #VazaJato desnudando a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro e impondo a maior crise do governo Bolsonaro

A principal crise do governo até agora foi protagonizada pelo Ministro da Justiça e ex-juiz de casos da Lava Jato, Sérgio Moro. O site The Intercept Brasil teve acesso a inúmeras mensagens trocadas entre o então juiz e os procuradores da Operação Lava Jato. Ao lado de vários outros veículos de mídia, os jornalistas estão apurando e divulgando matérias de interesse público que mostram a relação promíscua entre Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e outros procurados da Lava Jato. A imparcialidade dos julgamentos de Moro estão sendo duramente questionadas, principalmente por ele ter sido agraciado com um cargo político de alto escalão após suas decisões.

9. O embate no plenário da Câmara sobre a reforma da previdência

O embate mais duradouro deste primeiro semestre de governo foi a tentativa de aprovação de uma reforma da previdência. Além da resistência nas ruas à proposta, o PSOL protagonizou os principais embates com os governistas e defensores do combate à aposentadoria e benefícios dos mais pobres. Em julho o texto da reforma foi aprovado na Câmara, mas a sua apreciação em segundo turno foi adiada para a volta do recesso parlamentar, em agosto. Nossa luta contra os que atacam os direitos do povo vai continuar.

10. Bolsonaro liberou mais agrotóxicos em 200 dias do que toda União Europeia em 8 anos

O governo de Bolsonaro autorizou o comércio de 239 novos agrotóxicos no Brasil. O ritmo tem sido tão acelerado, que os próprios ruralistas da Câmara dos Deputados até desistiram de levar adiante o PL do Veneno, que buscava flexibilizar a legislação para estas substâncias venenosas. Toda a União Europeia liberou ao todo 229 substâncias de 2011 até hoje. O envenenamento que a UE demorou 8 anos para produzir, Bolsonaro levou apenas 200 dias para consolidar.

11. E pra não perder o costume, cadê o Queiroz?

É tanto escândalo envolvendo personagens do governo Bolsonaro, que tem gente por aí esquecendo do Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL) na época que ele atuava na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O COAF apontou movimentações financeiras muito suspeitas do assessor, incompatíveis com sua renda declarada, incluindo 48 cheques de R$ 2 mil depositados em sequência por Bolsonaro na conta de Queiroz. A nossa pergunta continua: cadê o Queiroz?

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