Em reunião realizada neste sábado (13), em São Paulo, a Executiva Nacional do PSOL debateu a ofensiva do governo Temer na tentativa de aprovar a Reforma da Previdência em fevereiro, na volta do carnaval, e convocou os diretórios e filiados de todo o país para construir lutas contra o desmonte representado pela proposta.
Para o órgão de direção do partido, o objetivo de Temer é acabar com o direito à aposentadoria para fortalecer fundos privados de pensão, dentro de uma agenda de retrocessos históricos à classe trabalhadora de seu governo.
Os dirigentes do PSOL afirmam, também, que a unidade de ação entre movimentos sociais, sindicatos e as mais diversas organizações políticas dispostas a construir lutas.
Leia a nota completa sobre o tema:
A hora decisiva: vamos derrotar a reforma da previdência de Temer!
O governo Temer vem impondo retrocessos históricos à classe trabalhadora, que vai desde o desmonte do Estado brasileiro, com a EC 95, à Reforma Trabalhista, que na prática colocou fim a 80 anos de CLT. A agenda política retrógrada do governo ainda conta com a tentativa de “Reforma da Previdência”, cujo principal objetivo é acabar com o direito à aposentadoria dos trabalhadores e trabalhadores, transferindo aos fundos privados de pensão.
Durante 2017 a unidade de ação foi fundamental para impor ao governo derrotas em torno dessa pauta. Construímos mobilizações expressivas em torno da luta contra a Reforma da Previdência de Temer, como a greve geral em abril de 2017, assim como o grande ato em Brasília em maio neste mesmo ano. A pressão e mobilização das trabalhadoras e dos trabalhadores, tal como a aguerrida atuação da nossa bancada federal, foram decisivas para derrotar o calendário do governo, que simplesmente não conseguiu colocar em votação tal Reforma.
Apesar das dificuldades do governo, há uma grande pressão por parte da burguesia brasileira e do rentismo internacional para que o desmonte da previdência seja aprovado. O rebaixamento do Brasil feito pela agência de risco internacional Standart&Poor’s (S&P) é uma expressão dessa pressão internacional. O governo ilegítimo trabalha para que no dia 19 de fevereiro a reforma seja votada.
Compreendemos que a Reforma da Previdência será um dos grandes enfrentamentos na luta em 2018. Por isso, o PSOL deve integrar e construir mobilizações e ações unitárias contra a reforma da previdência. Convocamos nossos diretórios municipais e estaduais à realizarem plenárias para mobilização da nossa militância em todo o país. Ao mesmo tempo, a Executiva Nacional produzirá materiais através da secretaria de comunicação para orientar a intervenção do PSOL nas lutas unitárias contra a reforma da previdência. Nesse processo de enfrentamento, o PSOL incentivará toda forma de resistência dentro e fora do parlamento e com os movimentos sociais. Através da luta e da mobilização derrotaremos essa reforma
Aposentadoria fica, Temer sai!
Nenhum direito a menos!
Executiva Nacional do PSOL
13 de janeiro de 2018