Em maio, os registros de entrada e saída dos Ministérios da Justiça, Defesa e Casa Civil foram solicitados pelo líder da bancada do PSOL na Câmara, Ivan Valente.
A resposta chegou em julho: representantes de empresas de armas foram recebidos 29 vezes nos cinco primeiros meses do governo Bolsonaro, em média uma vez a cada cinco dias. No mesmo período, o presidente assinou três decretos que flexibilizam o porte e a posse de armas.
Lobistas e presidentes de grandes companhias de armas como Salesio Nuhs, Taurus, CZ, Glock e DelFire Arms figuram na lista de visitas ao governo. O gabinete visitado não foi informado, mas foram 14 visitas no Ministério da Defesa, 10 no Ministério da Justiça, e cinco na Casa Civil.
A primeira dessas reuniões foi de Misael Antonio, em 3 de janeiro, dois dias depois da posse de Bolsonaro. Desde então, as visitas tem ocorrido em diversos formatos. Rafael Mendes ficou apenas cinco minutos no Ministério da Defesa. Já Augusto de Jesus passou mais de 5 horas no Ministério da Justiça.