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Nota de solidariedade a Camila Mantovani e ao povo evangélico que luta por direitos humanos

O Partido Socialismo e Liberdade expressa a sua profunda solidariedade à companheira Camila Mantovani, jovem evangélica, defensora dos direitos humanos, militante do PSOL e da Frente Evangélica pela Legalização do Aborto, bem como às mulheres e militantes evangélicas que lutam pela defesa dos direitos humanos. Entendemos o caráter humanizador e revolucionário da mensagem do evangelho levada por essas companheiras.

Nos últimos anos, vivemos no Brasil uma onda reacionária que ataca os direitos dos mais pobres, negras e negros, mulheres, LGBTs, povos originários e tradicionais e da classe trabalhadora em geral, por meio das reformas trabalhista e previdênciária, extermínio da juventude e ataque aos direitos humanos mais fundamentais.

Uma bancada fundamentalista se constituiu nas casas legislativas a partir de um pretenso “voto evangélico” que organiza o ódio contra setores historicamente oprimidos sob uma perspectiva vil e conservadora. O maior ultraje desse setor político é tentar monopolizar o sentido e a mensagem com referência na fé cristã. Mulheres como Camila Mantovani e tantas outras lideranças religiosas se levantaram para mostrar que a mensagem do evangelho é incompatível com o discurso de ódio e desumanizador dos mercadores da fé.

Em resposta a isso, já há dois anos, Camila tem sofrido ataques sistemáticos e ameaças à sua integridade física, inicialmente nas redes sociais, por simplesmente usar sua voz para expressar sua fé em uma mensagem de amor e defesa dos mais oprimidos. Centralmente, essa é uma luta pelos direitos das mulheres, pelo combate à morte de milhares mulheres, especialmente as negras e pobres, que são obrigadas a se submeter a procedimentos irregulares de aborto, pelo direito destas decidirem sobre seu corpo, pela descriminalização e legalização do aborto. Por construir essas lutas, Camila e outras tantas mulheres cristãs estão sendo perseguidas e ameaçadas de morte.

Recentemente, os ataques se tornaram mais sérios, presenciais. Camila, por mais de uma vez foi seguida e abordada nas ruas, ações nitidamente intimidatórias. Consideramos que aqueles que ameaçam Camila se sentem legitimados por um discurso de ódio e autoritarismo que se expressa em algumas igrejas e na cúpula da política brasileiras que tentam calar pessoas como Camila.

Diante disto, na iminência de ter a vida de Camila retirada, organizações internacionais da fé cristã providenciaram a entrada de Camila em um programa de refugiados e a companheira será retirada do Brasil para preservar a sua vida e a sua luta.

Nós do PSOL, partido de Camila e de tantas outras lideranças religiosas que não sucumbem ao discurso do ódio, vamos fazer todo o possível para denunciar e impedir o avanço desses grupos fascistas contra um dos direitos mais básicos do ser humano que é o de expressar sua fé e espiritualidade como quiser.

Cobramos ao Estado brasileiro que investigue esses atentados às liberdades democráticas constitucionais e que garanta a vida e a integridade física dessas lideranças ameaçadas. Somaremos esforços para denunciar internacionalmente a realidade brasileira de grande intolerância que força paulatinamente muitos defensores de direitos humanos ao exílio para preservar a vida.

Fascistas não passarão!
Em defesa da liberdade de expressão religiosa!
Partido Socialismo e Liberdade
Executiva Nacional
27 de abril de 2019

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