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Ocupar a política: paridade no poder!

Por Albanise Pires, do PSOL Pernambuco

O gênero não é uma construção natural, e sim cultural. Mulheres e homens são socializados em diferentes papéis, com identidades resultantes de influências sociais.

Nós, mulheres, somos educadas para vivermos nos espaços privados, assumindo as tarefas relacionadas ao ambiente doméstico e ao cuidado com as pessoas, em especial com os entes mais vulneráveis da família (pessoas com necessidades especiais, crianças, idosos, enfermos etc). Já os homens são socializados para ocuparem os espaços públicos, do direito à fala e à representação, onde se definem os comportamentos sociais, as regras e o funcionamento de toda sociedade.

É esta sociedade patriarcal, historicamente estruturada pela cultura machista, que nos impõe a submissão de gênero e uma diversidade de opressões e violências, causando-nos a enorme desigualdade social existente até os tempos atuais.

O assédio sexual, o estupro, as violências doméstica e obstétrica, a criminalização do aborto, o feminicídio, a lesbofobia, a transfobia, a diferença salarial, a desvalorização e a desqualificação profissional e de opinião, o silenciamento e os ataques moralistas são algumas das violências exercidas pelos homens sobre nós, para assim manterem o controle social e o poder sobre nossos comportamentos, nossos corpos e nossas vidas.

Para alterar toda esta engrenagem de um sistema de opressão e controle, e podermos avançar na conquista de direitos, precisamos desconstruir a cultura machista, garantir políticas públicas efetivas para as mulheres, discutir a destinação dos recursos públicos e reconstruir o pacto de funcionamento social em busca de uma sociedade verdadeiramente livre, igualitária e emancipada.

Neste cenário, a luta pelo fim da dominação dos homens sobre nós faz do feminismo uma imposição da realidade e nos exige um protagonismo político para além de nossas auto-organizações sociais. Ou seja, precisamos nos empoderar para sairmos da atual subrepresentação política, participarmos com força dos espaços de decisão e, assim, garantirmos a cidadania plena a todas nós mulheres.

Portanto, ocuparmos os espaços institucionais de poder é mais que necessário. É urgente! E é pela vida das mulheres!

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