O PSOL realizou seu 5º Congresso Nacional em Luziânia, Goiás, nos dias 4, 5 e 6 de dezembro de 2015. A etapa final contou com a participação de mais de 300 delegados eleitos em plenárias de base e em congressos estaduais, representando ao todo cerca de 20 mil militantes do partido reunidos ao longo de quatro meses de intensos debates.
O 5º Congresso representou um marco na história do partido, no ano em que completou uma década de registro legal e 11 anos de existência política.
O crescimento da participação das mulheres, de negros e negras e de jovens nas instâncias partidárias, a projeção conquistada pela combativa bancada de deputados federais e também nos estados, o bom acúmulo eleitoral na campanha de Luciana Genro à Presidência em 2014 e a forte presença nas lutas sociais do país mostram um partido orgânico e com projeção de grandeza. A participação dos novos parlamentares do PSOL, o deputado federal Glauber Braga (RJ) e o vereador Leonel Brizola Neto (Rio de Janeiro) também reforçam isso.
A plenária final do 5º Congresso reelegeu para presidente do partido Luiz Araújo, professor da Faculdade de Educação da UnB e reconhecido militante pela educação pública de qualidade, bem como atualizou todas as suas direções do partido. Além disso, aprovou cota obrigatória de 30% na participação de negros/as nas instâncias partidárias e mobilizou o partido para as muitas lutas do fim de 2015 e ao longo de 2016.
Veja abaixo cobertura completa do 5º Congresso:
PSOL inicia 5º Congresso chamando a unidade da esquerda
Abertura do congresso contou com a participação de movimentos sociais, como o MTST, centrais sindicais e partidos aliados. A militância lotou o auditório reafirmando a disposição unitária de luta contra o retrocesso e por mais direitos.
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5º Congresso aprova resolução de conjuntura nacional
Após a apresentação de todas as teses inscritas ao 5º Congresso, o plenário aprovou a resolução de conjuntura, de nome “O Brasil e o atual período político”, cujo centro é a análise do esgotamento do ciclo petista e do processo de ajuste fiscal e retirada de direitos, bem como do avanço conservador no país.
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Resolução de conjuntura internacional aponta necessidade de ressignificar o socialismo
“Não faz sentido, nos dias de hoje, lutar pelo socialismo sem levar em conta as duras ‘lições da história’ e o vento que passou a soprar contra a nossa proposta a partir da derrocada do Leste europeu. Como ‘o vento venta, mas a direção do barco é a direção do barco’, estamos diante da necessidade de ressignificar o socialismo” é um dos trechos da resolução, defendida pelo ex-candidato do PSOL ao governo de SP, Gilberto Maringoni, e por Ewerson Cláudio, da Executiva Estadual do PSOL/RJ.
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‘O partido que precisamos’
O debate sobre construção partidária também movimentou os delegados do 5º Congresso do PSOL, fazendo um balanço da gestão que ficou à frente do partido nos últimos dois anos e apontando as tarefas para os próximos dois. O texto, nomeado “O partido que precisamos”, começa com uma pergunta: “que partido é necessário para melhor posicionar-nos enquanto alternativa de esquerda numa conjuntura de encerramento do ciclo petista?”
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Impeachment
O 5º Congresso referendou a posição já tomada no Diretório Nacional do PSOL sobre o processo de impeachment em curso no Brasil, que posiciona o partido contra o processo conduzido por Eduardo Cunha na Câmara dos Deputados, reafirmando a oposição programática ao governo Dilma.
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Luiz Araújo é reeleito presidente do PSOL
Encabeçando a chapa “PSOL Sem Medo”, o professor Luiz Araújo foi reeleito presidente nacional do partido até 2017. Para ele, o PSOL para por um momento de estabilização. “Nesses dois anos de direção do partido, o PSOL se estabilizou e se tornou um partido muito mais atrativo, mais seguro para aqueles que estão insatisfeitos com a política no Brasil, insatisfeitos com os rumos do governo Dilma, insatisfeitos com o avanço conservado e que encontram no PSOL uma alternativa de esquerda”.
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Negros e negras
Um grande avanço do 5º Congresso foi a aprovação, por unanimidade, da cota obrigatória de 30% para negros e negras em todas as direções do partido. A posição foi construída pelo Setorial de Negros e Negras do PSOL e reforça a necessidade de se combater o racismo estrutural no Brasil.
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Luta das mulheres
O PSOL convocou seu 4º Encontro Nacional de Mulheres para o ano de 2016, aprovou a destinação de 5% do fundo partidário para o Setorial de Mulheres e também uma resolução normativa para casos de violência contra mulheres no interior do partido.
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