O Ruralômetro, ferramenta produzida e divulgada nesta semana pela Repórter Brasil, mostra que a bancada do PSOL na Câmara dos Deputados é a mais comprometida com a proteção do meio ambiente, os direitos dos povos indígenas e dos trabalhadores rurais brasileiros. Enquanto isso, 68% dos parlamentares brasileiros votaram majoritariamente contra essas pautas fundamentais para o país.
A ferramenta avaliou a produção de projetos de lei e votação de mudanças legislativas sobre fiscalização ambiental, atividades econômicas predatórias, precarizações da legislação trabalhista e do acesso a benefícios sociais, dentre outros retrocessos apontados por organizações socioambientais.
Para avaliar os deputados, foram analisadas 28 votações nominais e 485 projetos de lei apresentados na atual legislatura, iniciada em fevereiro de 2019. As propostas e os votos foram classificados como “favoráveis” ou “desfavoráveis” por 22 organizações especializadas em temas sociais, ambientais e trabalhistas.
Cada deputado recebeu uma pontuação entre 36° C a 42° C — equivalente à temperatura corporal. Quanto pior o desempenho, mais alta a temperatura. Classificações acima de 37,4° C indicam “febre ruralista” — ou atuação desfavorável.
A bancada do PSOL ficou 100% com “temperaturas” extremamente favoráveis ao meio ambiente, aos povos originários e trabalhadores rurais. Outras bancadas progressistas e de oposição ao governo Bolsonaro tiveram também importante destaque, como os parlamentares da Rede, do PT, do PSB e do PDT.
No partido de Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, apenas 3 parlamentares não ficaram registrados como inimigos das pautas ambientais. As outras dezenas de parlamentares do partido estão tomadas pela “febre ruralista”.
Outro destaque negativo foi o partido Novo, com 100% de seus parlamentares com a atuação voltada contra o meio ambiente, os povos indígenas e trabalhadores rurais.

