Em seu artigo semanal na Folha de S. Paulo, Guilherme Boulos tratou desta vez da escalada no número de mortes diárias por Covid-19 no Brasil e o colapso do sistema de saúde que se aproxima em diversas capitais brasileiras, enquanto no mundo todo a pandemia começa a recuar com medidas eficazes de combate, como a expansão da vacinação.
“Enquanto no mundo todo a infecção recua —seis semanas sucessivas com redução de casos—, Pindorama bate recordes de mortes diárias. Estamos a um fio do colapso sanitário”, alerta Boulos.
O militante do PSOL e do MTST compara a situação com a postura de Bolsonaro enquanto o Brasil vê o número de mortes ultrapassar os 250 mil. “No dia em que Pindorama bateu o recorde de mortes, ele [Bolsonaro] declarou que as máscaras de proteção causam “efeitos colaterais”. Naquele mesmo dia, o comando do Parlamento estava mais preocupado em debater um projeto para proteger seus membros de processos criminais. Não é preciso carregar nas tintas para concluir que a peste por aqui se transformou num genocídio deliberado”, analisa.
No final de seu artigo, Guilherme Boulos propõe medidas para fortalecer a oposição a Bolsonaro e defender a vida em “Pindorama”, como ele trata em seu artigo. “Diante do caos e da morte, a unidade é um dever histórico. Pela vida. Por comida na mesa. Por essa tão sofrida Pindorama. É urgente uma Mesa de Unidade, com espírito de salvação nacional, que reúna lideranças e partidos do campo progressista. É verdade que não resolverá todos os problemas, mas ao menos apontará um rumo numa nação desgovernada, um reavivar da esperança”, propõe.



