Estará nas livrarias de todo o país a partir de quinta-feira (07) o livro Por que gritamos Golpe? Para entender o impeachment e a crise política no Brasil, da coleção Tinta Vermelha da editora Boitempo. Organizado por Ivana Jinkings, Kim Doria e Murilo Cleto, a obra reúne trinta autores (a lista completa você pode conferir aqui), entre pesquisadores, professores, ativistas, representantes de movimentos sociais, jornalistas e figuras políticas, como André Singer, Armando Boito Jr., Djamila Ribeiro, Guilherme Boulos, Gilberto Maringoni, Michael Löwy, Leda Maria Paulani, Marina Amaral, Ruy Braga e tantos outros. A obra proporciona ao leitor diversas análises sobre a dinâmica do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, dentro de uma perspectiva multidisciplinar e de esquerda.
Segundo os organizadores, os textos que compõem a coletânea são inéditos e buscam desenhar uma genealogia da crise política, entender as ameaças que se colocam à democracia e aos direitos conquistados pela Constituição de 1988 e apontar caminhos de superação dos impasses políticos.
O livro conta ainda com epígrafe de Paulo Arantes, textos de capa de Boaventura de Sousa Santos e Luiza Erundina e com charges de Laerte Coutinho.
De acordo com Murilo Cleto, o lançamento do livro neste momento crucial é importante por muitos motivos. “O primeiro deles é demonstrar, por diversas vias, como viemos parar até aqui. O segundo, porque não se trata apenas de uma série de diagnósticos, é apontar para saídas à esquerda que sejam capazes de abrigar as diferentes tendências em um país diverso, mas lamentavelmente sequestrado por uma classe política que não o representa”.
O organizador explica que, desde 2012, a coleção Tinta Vermelha, da Boitempo, se debruça, a cada ano, sobre as questões urgentes na sociedade. Ele conta, ainda, como surgiu a ideia de organizar Por que gritamos Golpe?. “Eu havia procurado a Boitempo para apresentar outro projeto sobre o mesmo tema, mas ele acabou ficando em suspenso porque a editora me propôs assumir este, mais abrangente e um tanto menos acadêmico. Aceitei porque vi grande potencial no leque democrático de autores. Depois de algum tempo discutindo o sumário, convidamos os autores, que cederam seus textos para que fosse viável a venda do livro com preço simbólico. Uma coisa acabou se unindo à outra e a Tinta Vermelha de 2016 não poderia ser outra senão sobre o golpe”, ressalta.
A ideia dos organizadores é fazer atos de lançamento do livro em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília, entre o final de julho e a primeira quinzena de agosto.
Confira aqui todos os detalhes do livro, como ficha técnica, autores, capítulos e onde é possível adquirir.

