Reportagem publicada nesta terça-feira (25) pelo jornal O Dia repercute uma leviana tentativa de associar Rumba Gabriel, liderança comunitária histórica do Jacarezinho e assessor da deputada estadual Dani Monteiro (PSOL), ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro por suas relações de parentesco e atos com os quais não tem nenhuma relação.
A repercussão da matéria do jornal carioca tenta desviar o foco da cobrança por investigações sobre a Chacina do Jacarezinho, que assassinou ao menos 28 pessoas na favela da zona norte do Rio de Janeiro no último dia 6 de maio, e criminalizar lideranças, ativistas e militantes dos direitos humanos.
Rumba Gabriel já provou que não tem nenhuma relação com o crime organizado em um processo que já foi devidamente arquivado e transitado em julgado.
Rumba Gabriel fundou o Centro Cultural do Jacarezinho, a primeira cooperativa de trabalhadores em favelas, trouxe o Projeto Célula Urbana e em 2013 foi eleito presidente da Associação de Moradores. Faz parte da ala dos compositores da Mangueira, da Unidos do Jacarezinho e ajudou a fundar a Torcida Raça Rubro Negra. Trabalhou no Jornal do Brasil, cursou Teologia, foi jornalista, pesquisou sobre o movimento negro na Universidade do Texas, promovendo palestras e debates nos Estados Unidos. Atualmente cursa Direito na Unisuam, coordena o portal Favelas, faz parte do Movimento Negro Unificado (MNU), do Movimento Popular de Favelas e do Setorial de Favelas do PSOL.
Leia na íntegra a nota do mandato da deputada estadual Dani Monteiro (PSOL)
Rumba Gabriel faz parte do nosso mandato pela valiosa e aguerrida experiência que ele tem em defesa da dignidade da população das favelas. É odioso e sombrio que alguém seja alvo de ataques por conta do seu parentesco e por atos com os quais não possui nenhuma relação.
Sabemos que esse ataque e a mentirosa associação ao crime organizado são uma tentativa de atacar o sério e fundamental trabalho de diversos movimentos sociais no jacarezinho e nas favelas do Rio de Janeiro na defesa da vida e de direitos. É também uma tentativa de deslegitimar a atuação da CDDHC-ALERJ e diversos mecanismos de defesa dos direitos humanos.
Rumba chegou a ser injustamente processado, oportunidade em que pôde comprovar que não possuía nenhuma relação com crime organizado. Ou seja, Rumba não tem nenhuma pendência com a justiça, estando o seu processo devidamente arquivado, com decisão transitada em julgado,
O momento desse ataque está relacionado ao acompanhamento e cobrança de punição dos responsáveis pela ação desastrosa e atropelada da polícia na favela do Jacarezinho, que resultou em inaceitáveis 28 mortes no último dia 6. O fracasso desse tipo de política de (in)segurança fica ainda mais flagrante se comparada com a ação nos dias posteriores da própria polícia civil que, através de trabalho de inteligência e sem que uma única bala fosse disparada prendeu importantes criminosos procurados.
Não deixaremos de denunciar e repudiar nenhuma calúnia que busque atacar todos aqueles que atuam no combate a política de morte em nosso estado. E reafirmamos que nossa política é a de preservação da vida e de direitos.
Seguimos tendo muito orgulho de trabalhar com um companheiro que militou nas pastorais da igreja católica, fundou o centro cultural do Jacarezinho, a primeira cooperativa de trabalhadores em favelas, trouxe o Projeto Célula Urbana e em 2013 foi presidente da associação de moradores, faz parte da ala dos compositores da Mangueira, da Unidos do Jacarezinho, ajuda a fundar a Torcida Raça Rubro Negra. Já Trabalhou no Jornal do brasil, cursou teologia, foi jornalista, na Universidade do Texas. pesquisou sobre o movimento negro, promoveu palestras e debates nos EUA. Além de tudo isso, atualmente cursa direito, coordena o portal favelas, faz parte do MNU, do Movimento Popular de Favelas e do setorial de favelas do PSOL.
