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Guilherme Boulos: “É preciso estar nas ruas e fazer valer a maioria social”

Em seu artigo nesta semana na Folha de S. Paulo, Guilherme Boulos falou sobre as ameaças feitas por Bolsonaro na convocação de seus atos golpistas para o próximo dia 7 de setembro.

“Quando, em 7 de setembro de 1822, Dom Pedro deu o grito da independência às margens plácidas do rio Ipiranga, mal poderia imaginar que a data seria utilizada para conflagrações golpistas dois séculos depois. Bolsonaro tenta provocar o caos no dia que marcou o fim do colonialismo português”, contextualiza Boulos sobre o simbolismo da data.

Ele alerta para o perigo de Bolsonaro radicalizar cada vez mais o discurso contra seus opositores e a democracia enquanto perde cada vez mais popularidade. “Diante da queda de apoio social e com as investigações chegando a seu círculo mais próximo, ele opera uma famosa formação reativa freudiana: converte medo em agressividade”, analisa Guilherme Boulos.

“Se tem medo de perder as eleições, ameaça cancelar o pleito. Se tem medo de ir para a cadeia, chama a polícia e o Exército para suas aventuras golpistas. O problema é que, ao sempre dobrar a aposta, Bolsonaro não tem mais ponto de recuo. Ou vai ou racha”, continua.

“As ameaças bolsonaristas precisam ser levadas a sério. Há pouco tempo, quando falávamos de risco de golpe, a resposta era um sorrisinho de canto, como quem se deparasse com ingênuas teorias conspiratórias. Bolsonaro se encarregou de mostrar de que lado estava a ingenuidade”, alerta sobre os arroubos antidemocráticos do (ainda) presidente.

“A questão é como reagimos a essa ofensiva desesperada. Há aqueles que, placidamente como as margens do Ipiranga, preferem apenas confiar na resiliência das instituições democráticas, como se elas fossem rochas impávidas, imunes à pressão social”, contrasta Boulos ao apontar as ruas como solução para impedir que Bolsonaro novamente suba o tom de suas ameaças.

“É preciso estar nas ruas, fazer valer a maioria social. Sem cair em provocações, sem estimular o conflito, que só a eles interessa, mas sem nos deixarmos intimidar pelas ameaças de violência”, conclui.

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