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Lançamos o Coletivo de Conjuntura da Fundação Lauro Campos, do PSOL

Nós, do PSOL, demos no dia 15 de junho – uma segunda paulistana chuvosa – um passo importante para ampliar a ação de uma corrente de esquerda plural. O objetivo é realizar a disputa de ideias na sociedade.
 
Fizemos a primeira reunião do Coletivo de Conjuntura da Fundação Lauro Campos, com convidados de dentro e de fora do PSOL. 
 
Estiveram presentes, entre outros, Guilherme Boulos (MTST), José Luis Del Roio (ex-senador pele Refundação Comunista, da Itália), Vladimir Safatle (FFLCH-USP), Ruy Braga (FFLCH-USP), Luciana Genro (presidente da Fundação Lauro Campos), Andrea Caldas (UFPR), Fátima Mello (Fase), Armando Boito (Unicamp), Bia Barbosa (Intervozes), Nadine Borges, Paulo Kliass, Cid Benjamin, Leo Lince, Haroldo Saboia, Odilon Guedes, João Machado, Paulo Pasin e Luiz Arnaldo Campos. Compareceram também os deputados Chico Alencar, Ivan Valente, Carlos Giannazzi e o vereador de Belém, Fernando Carneiro. Além destes, participaram  os membros da Executiva Nacional Francisvaldo Mendes, Fernando Silva “Tostão”, Juliano Medeiros, Silvia Santos e Mariana Riscali, num total de 53 pessoas.
 
Os temas debatidos ao longo seis horas e meia de encontro (!) foram o ajuste fiscal e suas conseqüências e as perspectivas da esquerda no país.
 
O fato de o coletivo não ser uma instância deliberativa possibilitou um debate sem disputas imediatas entre os participantes. Isso permite intervenções mais livres e um real diálogo, em que ninguém foi ali para “ganhar posições”. 
 
Buscou-se, antes de mais nada, entender a realidade e esmiuçar a cena política nacional.
 
Ofensiva conservadora
Estamos em uma quadra da vida nacional de forte ofensiva conservadora. O centro dessa iniciativa é o estelionato eleitoral cometido pela cúpula petista e pela presidente Dilma Rousseff.
 
Ao implantar um duríssimo ajuste fiscal, destinado a atender as pressões do mercado financeiro, eles incentivaram o reacionarismo brasileiro a sair da casinha e a realizar uma série de reformas regressivas no Congresso Nacional.
 
Desempenho do PSOL
Nesse quadro, o PSOL teve um desempenho que pode ser classificado como surpreendente. Fizemos campanhas marcantes em 2014 e somos o terceiro partido que mais cresceu neste ano, com mais de 11 mil novas filiações.
 
Essa pequena vitória deve nos animar, sem que percamos o senso de realidade. É um avanço em uma condição bastante adversa.
 
Nossa bancada no Congresso Nacional e os parlamentares nas Assembleias estaduais e Câmaras de vereadores, além dos milhares de ativistas sociais do PSOL, têm empreendido uma dura e renhida luta contra o retrocesso. As prefeituras capitaneadas pelo partido enfrentam, nesse quadro, sérias dificuldades para atender os anseios da população.
 
Auxiliar a direção e as bancadas
A constituição do Coletivo é, assim, essencial para assessorar a direção partidária e as bancadas diante da complexa conjuntura que o Brasil atravessa. 
 
Tudo indica que os desgastes do PT, lamentavelmente, atingirão o conjunto da esquerda. Por isso mesmo é necessário realizar uma disputa de opinião na sociedade. 
 
Assim, qualquer força política progressista precisa realizar algumas tarefas imediatas:
 
a) Apresentar formulações mais consistentes no terreno da tática (o que fazer com o Estado, com a Economia, com as definições concretas para o país etc.), do movimento social e da disputa internacional. 
 
b) Redefinir a vida partidária, com uma política democrática voltada para fora, buscando reduzir o peso do internismo, que muitas vezes repele quem se aproxima. Isso não significa apagar diferenças internas, mas compreender o grave momento pelo qual o Brasil passa.
 
c) Realizar grandes debates públicos e seminários – com personalidades nacionais e estrangeiras – sobre temas relevantes. 
 
Think tank
Devemos constituir aquilo que os norte-americanos chamam de think tank, um tanque de pensamento que auxilie as instâncias do partido. Esse centro deve formular, debater, editar materiais sobre a tática e a política partidária em suas variadas frentes.
 
É nessa realidade que estamos constituindo o Coletivo de Conjuntura da Fundação Lauro Campos.
 
Ele é composto pelos membros da Executiva Nacional do PSOL, pela bancada federal, pela diretoria da Fundação Lauro Campos e por lideranças e ativistas partidários, sociais e intelectuais de dentro e de fora do PSOL.
 
Os debates serão periódicos a cada 60 dias e abertos aos filiados. 
 
O Coletivo de Conjuntura não deliberará e nem votará sobre questões gerais. Poderá fazê-lo apenas sobre pontos de método de funcionamento (pautas, datas, locais de reuniões e infraestrutura para a realização das mesmas).
 
Sem falsa modéstia, é uma significativa contribuição que esperamos dar ao movimento popular e à esquerda brasileira.
 

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