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O governo Bolsonaro ameaça a vida da população negra: PSOL aprova estímulo à formação de lideranças negras

Os negros e negras do PSOL apresentaram uma resolução unitária que foi aprovada no último final de semana no 7° Congresso Nacional do PSOL, em que fazem uma análise sobre a crescente ameaça à vida da população negra sob o governo Bolsonaro no Brasil.

Foi aprovado um processo de formação interna de lideranças negras no partido, com apoio do Setorial de Negritude e da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, assim como a importância da reorganização do Setorial Nacional de Negritude do partido.

“As elites do país, que sempre estiveram em guerra contra o povo negro, têm imposto saltos à política genocida com o avanço da legislação penalista (a exemplo do pacote anticrime de Sérgio Moro), de retirada de direitos (trabalho intermitente, as reiteradas tentativas de fazer valer a “carteira verde e amarela” e sem direitos, a redução do Bolsa Família, desmonte da Política de Saúde da População Negra e do SUS) e a luta ideológica para apagar os avanços históricos que o povo preto conquistou”, apontam em trecho da resolução aprovada.

A contribuição dos negros e negras do PSOL tem sido fundamental na revisão programática da esquerda anticapitalista, da qual o nosso partido tem protagonismo central, com o reconhecimento “da centralidade do debate racial e de gênero para compreensão da dinâmica da luta de classes, do desenvolvimento do capitalismo no Brasil e para a superação do modo de produção capitalista dependente de características oligárquicas, atrelado ao trabalho em regime análogo à escravidão e estruturalmente mais desigual para a maioria não branca da classe trabalhadora”, como explica a resolução aprovada.

A mobilização massiva dos manifestos “Black Lives Matter” contra a política de Donald Trump nos EUA e o assassinato de George Floyd mostra também a centralidade da luta antirracista nos principais levantes populares do planeta. Aqui no Brasil, a classe trabalhadora negra, a mais atingida pela pandemia, tem se organizado em diversos fóruns, com destaque para a Coalizão Negra por Direitos, que conta também com apoio de tantos militantes e dirigentes do PSOL.

O 7° Congresso Nacional do partido definiu uma Comissão Nacional Provisória de Reorganização do Setorial de Negras e Negros do PSOL, que será responsável pela organização de um grande Encontro Nacional de Negras e Negros do PSOL, a ser realizado com etapas municipais e estaduais, além de sua etapa nacional.

A resolução aprovada também indica que a proporcionalidade de pelo menos 30% de cada direção do partido composta de pessoas negras, já prevista pelo partido e cumprida nos últimos anos, também seja estendida à direção da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco.

Os negros e negras do PSOL também reiteram a importância das candidaturas negras estarem nas faixas prioritárias de distribuição do fundo eleitoral para 2022, assim como avançarão no debate sobre uma proporção mínima de recursos eleitorais destinados às candidaturas negras do partido.

Leia a resolução na íntegra clicando aqui.

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