O PSOL protocolou uma representação na última terça-feira (10) no Ministério Público Federal (MPF) para solicitar que o órgão acompanhe de perto o processo de aprovação e de aquisição de vacinas para imunizar a população contra o coronavírus por parte da Anvisa.
O documento é assinado por Guilherme Boulos e Luiza Erundina, candidatos a prefeito e vice de São Paulo pelo PSOL, além dos deputados Ivan Valente e Sâmia Bomfim, também do PSOL.
A representação do PSOL também pede que o MPF acompanhe as medidas adotadas pelo Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde para vacinar a população contra a Covid-19 e apure a responsabilidade civil e penal de quem tenha contribuído para o atraso na aprovação e aquisição de insumos para a fabricação das vacinas ou para a imunização da população.
A medida tomada pelo PSOL surge após a Anvisa ter determinado a interrupção do estudo clínico da vacina Coronavac no Brasil, conduzido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
A agência suspendeu os testes da imunização na última segunda-feira (9) após a ocorrência de um “evento adverso grave”. O fato mencionado pelo órgão foi a morte de um voluntário de 33 anos, morador de São Paulo, no dia 29 de outubro, que, segundo dados oficiais do Instituto Médico Legal (IML), não teve relação alguma com os testes.
Após muita pressão da sociedade civil, a Anvisa autorizou a retomada dos testes da vacina nesta quarta-feira (11), o que comprova que a decisão de suspender os testes anteriormente não foi tomada por questões técnicas, mas sim por questões ideológicas de alinhamento ao governo de Jair Bolsonaro.



