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PSOL reafirma prioridade à unidade nas mobilizações de rua: não vamos esperar 2022 para derrotar Bolsonaro

O 7° Congresso Nacional do PSOL, que reúne virtualmente mais de 400 delegados e delegadas, acaba de aprovar a sua resolução sobre a conjuntura política brasileira e aponta prioridade máxima à luta pelo impeachment imediato de Jair Bolsonaro.

“Não estamos entre aqueles que aceitam esperar as eleições de 2022 para livrar o Brasil de Bolsonaro. Por isso, devemos manter uma dinâmica de mobilização nas ruas e resistências que não deixe Bolsonaro chegar politicamente vivo nas eleições”, diz a resolução aprovada pela maioria dos delegados.

A busca pela unidade na luta pela derrubada de Bolsonaro também será prioritária para o PSOL. “A luta pela unidade tem também um componente estratégico, pois sem a unidade não é possível derrubar o governo”, constatam também os delegados e delegadas do PSOL.

A campanha Fora Bolsonaro e a Frente Povo Sem Medo, portanto, são os espaço prioritários de articulação e mobilização para a militância do PSOL, que construirá mobilizações de rua com qualquer setor que aceite ir às ruas com o objetivo de derrubar o governo Bolsonaro.

“É preciso estarmos abertos a estabelecer unidade de ação e uma ampliação da luta pelo impeachment com todos os setores que estejam em contradição com o governo Bolsonaro. Estamos a favor de articular atos mesmo com setores sociais e políticos oriundos da direita, mas que estejam a favor do impeachment e de ir às ruas para conseguir este objetivo”, diz trecho da resolução.

O PSOL também define como prioritária a construção de um novo projeto programático para uma verdadeira reconstrução do Brasil ao lado dos movimentos sociais. O partido definiu que vai “contribuir com a construção de espaços em conjunto com movimentos sociais (como fizemos em relação à plataforma Vamos em 2017/2018)”. “Nos propomos a buscar uma construção ainda mais ampliada nos movimentos e territórios diante dos desafios que a crise no país exige”, continua.

Na discussão deste projeto programático amplo de transformação, o PSOL defende a superação de projetos puramente desenvolvimentistas. “Não buscamos um mero ‘retorno ao passado’. Reivindicamos um projeto que pense a reconstrução do país sob bases antineoliberais e em sintonia com os desafios que pedem uma superação dos modelos predatórios, mesmo os desenvolvimentistas”, alerta o partido.

O PSOL propõe que este programa tenha como pontos de partida a revogação de medidas e contrarreformas pós-golpe de 2016. “Portanto, que implique numa mudança do modelo econômico, na retomada dos direitos trabalhistas e previdenciários, na proteção das empresas públicas e do funcionalismo, na ampliação de investimentos nas áreas sociais, na retomada das políticas de proteção ambiental, no fim do desmatamento, na demarcação das terras indígenas”, aponta.

Além deste ponto de partida, o PSOL propõe um projeto que aponte medidas de maior fôlego: “Outro modelo de desenvolvimento com transição na matriz energética e no modal dos transportes; reforma agrária popular e agroecológica, democratização das instituições de Estado (Forças Armadas, Poder Judiciário, etc), democratização do direito à comunicação; afirmação dos direitos das mulheres, negros e negras, LGBTs, pessoas com deficiência; projeto nacional de geração de empregos, reforma tributária progressiva, plano nacional de segurança pública cidadã com respeito aos Direitos Humanos, democratização do poder com ampliação da participação popular, recuperação da soberania nacional com controle público sobre setores estratégicos”, enumera o PSOL em seu projeto.

Por fim, o PSOL também defende não só a manutenção, mas a radicalização da democracia brasileira. “É necessário pensar uma radicalização da democracia, combinando formas representativas e participativas de deliberação cidadã, descentralizando o poder e pensando o Estado como representação de uma nova relação de forças que expresse os interesses dos que vivem do trabalho e não aceitam que a tecnocracia determine os rumos do país”, pontua.

O combate à fome também será central na política do PSOL. “Defenderemos iniciativas nos territórios para o combate à fome, com congelamento dos preços dos alimentos da cesta básica e energia elétrica e iniciativas de auto-organização contra a caristia, o combate às privatizações e defesa do serviço público, contra a PEC 32 e a reforma administrativa”, aponta a resolução aprovada pelo partido.

Leia a resolução na íntegra clicando aqui.

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