O Diretório Nacional do PSOL se reuniu em São Paulo neste sábado (15) e aprovou uma resolução sobre a conjuntura política nacional e internacional que coloca o enfrentamento à extrema-direita como prioridade máxima do partido.
SAIBA MAIS: Leia na íntegra a resolução de conjuntura aprovada pelo Diretório Nacional do PSOL
Os resultados eleitorais do parlamento europeu, com o aumento da relevância de partidos que promovem o ódio a imigrantes, a possibilidade de nova vitória de Donald Trump nos EUA, o massacre ao povo palestino cometido por Israel e, no caso brasileiro, o enfrentamento às pautas conservadoras que o bolsonarismo e o Centrão tentam impor ao Brasil e à crise ambiental que causa eventos climáticos extremos como o que presenciamos no Rio Grande do Sul fazem do enfrentamento à extrema-direita a maior urgência de nossos tempos.
“Deriva-se daí a necessidade de unificar as esquerdas e os movimentos sociais nas ruas e nas eleições para esse enfrentamento e para disputar as saídas para a crise política, econômica, ambiental e humanitária que atravessa essa etapa histórica”, diz trecho da resolução aprovada.
“O Brasil se insere nesse contexto de enfrentamento à extrema-direita e de agravamento da crise climática, vivenciando a tragédia no Rio Grande do Sul, bem como de uma forte articulação entre dos partidos da direita e do centrão que busca impedir Lula de governar e implementar o programa eleito nas urnas em 2022”, avaliam os dirigentes do PSOL.
“A mobilização popular é estratégica para o governo derrotar a extrema-direita, ao mesmo tempo que é necessária uma reorientação nas relações com os setores da direita tradicional e do centrão, apostando também na ampliação dos investimentos do Estado”, também aponta o texto publicado pela direção partidária.
As eleições municipais deste ano também terão papel crucial nessa disputa contra a extrema-direita. “Nesse cenário, o PSOL tem um papel muito importante. Fincar um pé no Norte, reelegendo Edmilson Rodrigues em Belém, avançar em capitais e municípios com peso, ampliar nossas bancadas e, principalmente, eleger Guilherme Boulos em São Paulo, a maior cidade do país, são conquistas estratégicas que não apenas posicionam melhor o partido como também o conjunto da esquerda no próximo período”, aponta o partido.
“É indispensável defender o papel do Estado como indutor da economia e de políticas públicas e com capacidade de investimento para fortalecer os serviços para a população, gerar emprego e combater a desigualdade”, concluem os dirigentes.