O Plebiscito Popular por um Brasil mais Justo e Soberano encerrou sua votação no último dia 12 de outubro com mais de 2,1 milhões de votos, reafirmando a força da mobilização popular como instrumento de pressão política e defesa dos direitos da classe trabalhadora.
Durante 103 dias, urnas físicas e digitais foram espalhadas por todo o país, reunindo sindicatos, movimentos sociais, estudantis, partidos progressistas e organizações da sociedade civil em torno de duas pautas centrais: a redução da jornada de trabalho sem redução salarial e o fim da escala 6×1, e a justiça tributária, com isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e taxação progressiva para rendas acima de R$ 50 mil mensais.
O resultado expressivo mostrou a urgência dessas demandas e a capacidade de mobilização das forças populares. “Foram mais de 2 milhões de pessoas dizendo, de forma contundente, que é hora de mudar as regras e colocar o povo no centro das decisões”, resumiu Igor Felippe Santos, da comissão executiva nacional do plebiscito.
A força dessa articulação já gerou impactos concretos. No início de outubro, a Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, financiado pela taxação dos super-ricos. O avanço foi comemorado como uma vitória da mobilização popular.
A comissão do plebiscito também se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o presidente da Câmara, Hugo Motta, no Palácio do Planalto, em encontros que demonstraram o peso político da iniciativa. Nesta terça-feira (4), o grupo será recebido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para a entrega simbólica dos resultados.
Agora, a mobilização segue para garantir a aprovação final do projeto de isenção do Imposto de Renda e o avanço da proposta de redução da jornada de trabalho no Senado. “A luta continua. Precisamos garantir que essas pautas se tornem realidade e comecem a valer o quanto antes. É a voz do povo que move essa transformação”, afirmou Igor Felippe.
O plebiscito encerra sua etapa de votação, mas marca o início de uma nova fase de pressão popular sobre o Congresso, reafirmando que a democracia se constrói com participação, mobilização e coragem para enfrentar privilégios.

