A equipe jurídica da Liderança do PSOL na Câmara, junto ao gabinete da deputada federal Célia Xakriabá, quer investigação e responsabilização das autoridades do governo Bolsonaro frente ao genocídio Yanomami também no Tribunal de Contas da União.
A representação pede a investigação da atuação de Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, Damares Alves, ex-ministra da Família e Direitos Humanos, Marcelo Xavier, ex-presidente da FUNAI, Marcelo Queiroga e Eduardo Pazuello, ex-ministros da Saúde, Ricardo Salles e Joaquim Leite, ex ministros do Meio Ambiente, Anderson Torres e Sérgio Moro, ex-ministros da Justiça e Segurança Pública, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministros da Defesa, Hamilton Moreira, então vice-presidente da República, entre outros eventuais envolvidos.
Para Célia Xakriabá, é prioridade responsabilizar em todas as esferas os responsáveis pela crise humanitária Yanomami. “Ações já estão sendo tomadas para apoiar o povo no território e combater o garimpo ilegal. Mas é preciso olhar para quem causou essa tragédia. Quem burlou as regras da administração pública e quem foi omisso queria esse projeto de ecocídio programado. Quem não se sensibiliza com crianças passando fome e mulheres sendo estupradas, perdeu a humanidade”, disse a deputada indígena.
Guilherme Boulos, líder do PSOL na Câmara, também reforçou a necessidade de incluir a denúncia ao TCU no rol de ações jurídicas tocado pela bancada. “Identificar o grau de envolvimento dos bolsonaristas no genocídio Yanomâmi é fundamental para que a justiça seja feita. Não podemos permitir que essa tragédia se repita. É necessário apurar qual a participação de cada um neste cenário de gravíssimas violações e também sob o prisma das normas da administração e gestão pública”, declarou o deputado.

