A Federação PSOL-Rede protocolou na última quinta-feira (29) duas representações no Conselho de Ética do Senado contra os senadores Marcos Rogério (PL-RO) e Plínio Valério (PSDB-AM). Os senadores protagonizaram grotescas cenas de violência política de gênero contra a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que não teve outra alternativa ao não ser se retirar da audiência pública para a qual havia sido convidada.
Marcos Rogério, que já havia desligado o microfone de Marina diversas vezes enquanto presidia a sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado, disse que ela tinha que se “pôr no seu lugar”.
Plínio Valério, que em março já havia afirmado que tinha “vontade de enforcá-la”, declarou que era preciso separar “a mulher da ministra” e que “a mulher merece respeito, a ministra, não”. Esta foi só uma parte dos sucessivos ataques contra Marina Silva.
No entendimento dos dois partidos, Rogério e Valério cometeram gravíssimas violações à Constituição Federal, ao Código de Ética do Senado e ao ordenamento jurídico, “de forma machista, misógina, ilegal e abusiva – e de modo incompatível ao decoro parlamentar”.
“O Brasil respeita Marina Silva por tudo que ela tem feito pela causa ambiental, o mundo respeita a ministra pelo seu trabalho incansável na luta pelo meio ambiente, e nós exigimos que o Congresso Nacional também a respeite”, afirma a líder da Federação PSOL-Rede, Talíria Petrone.