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Em protesto contra a falta d'água, MTST reúne multidão em São Paulo

Do PSOL Nacional, Leonor Costa, com informações do MTST

Cerca de 15 mil pessoas participaram, na tarde desta quinta-feira (26), na capital paulista, de um protesto convocado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) contra a falta d’água em São Paulo. O ato contou com a participação e apoio de vários movimentos sociais, partidos, sindicatos, entidades estudantis e populares.

A concentração foi no Largo da Batata e, às 18h30, o grupo saiu em marcha até a sede do governo, onde um grupo de lideranças do movimento foi recebido por representantes do governador Geraldo Alckmin, do PSDB. A candidata do PSOL à Presidência da República em 2014 e presidente da Fundação Lauro Campos, Luciana Genro, marcou presença no ato, oportunidade em que fez uma intervenção, reafirmando o apoio do partido às pautas do MTST e demais movimentos sociais presentes.

Assim como o realizado no final de janeiro, o novo ato teve como foco protestar contra o racionamento de água na capital paulista, questionando o fato de os cortes de água atingirem mais a periferia do que áreas nobres da cidade.

Guilherme Boulos e outros dirigentes do MTST foram recebidos, por volta das 21h30, pelo secretário-chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, e também o da Casa Militar do governo paulista, coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira, no Palácio dos Bandeirantes.

Os líderes do movimento levaram uma pauta de reivindicações, incluindo pedido de programa emergencial de distribuição de caixas d’água, cisternas e abertura de poços artesianos nas periferias; transparência na divulgação da qualidade da água da Represa Billings; nenhum ajuste tarifário; rompimento de contratos de consumo de água que favoreçam grandes empresas e isonomia para estabelecer rodízio no fornecimento de água para mais de 30 bairros nas zonas sul, leste e região metropolitana de São Paulo, onde o rodízio mais severo já está sendo aplicado, de acordo com o MTST.

“Exigimos apresentação de medidas de transparência sobre a real situação dos reservatórios e um primeiro aviso ao governador que o povo da periferia não aceitará ser penalizada pela irresponsabilidade e falta de planejamento do governo Geraldo Alckmin”, disse o grupo, em nota.

Na avaliação do MTST, a marcha obteve resultados positivos, já que o governo assumiu alguns compromissos, como reeditar o decreto do Comitê de Crise, para incluir o MTST e outros movimentos sociais (até então o Comitê estava restrito ao governador e prefeitos).

Os representantes do Palácio dos Bandeirantes também se comprometeram formar uma comissão para identificar os locais que têm falta d’água crônica na capital e em outras cidades e instalar caixas d’água na periferia, além de distribuir cisternas, construir poços artesianos e enviar caminhões pipas nas regiões mais necessitadas. Na semana que vem, o movimento deve se reunir com a direção da Sabesp, para discutir a operacialização dessas medidas.

Segundo o MTST, o governo não se comprometeu, no entanto, a cancelar o reajuste da tarifa de água e as multas. “O governo permanece ainda não reconhecendo oficialmente o racionamento seletivo, mesmo com apresentação de inúmeros casos de regiões que já vem convivendo com o problema”, explicou, em nota, a coordenação estadual do MTST.

Para as lideranças, a grande mobilização de ontem demonstrou que o povo organizado é capaz de conquistar mudanças. Mas ressaltam: “o MTST ficará atento para garantir as conquistas da reunião e continuará mobilizado contra a política que penaliza os mais pobres a pagar o preço da crise hídrica. Reafirmamos ainda que não aceitaremos nenhum aumento da tarifa”.

Luciana Genro reafirma apoio do PSOL à luta dos movimentos sociais. Foto: Divulgação

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