Do PSOL Nacional, Kauê Scarim
Na próxima segunda-feira (19), o PSOL participará de mais um encontro da articulação de uma frente de luta contra a direita e por mais direitos, que vem juntando diversos movimentos sociais, centrais sindicais e outros grupos. A reunião é resultado de outros encontros e de uma grande manifestação realizada em outubro, em São Paulo.
Convocada principalmente pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), a articulação conta com a participação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), de vários movimentos de juventude, do coletivo Fora do Eixo, representantes do movimento negro, parlamentares, entre outros.
A articulação quer pautar diversos temas, de forma ampla e unitária, e tem seu sentido primordial na mobilização e na independência política. O enfrentamento ao corte de direitos sociais e, em especial, às reformas populares são pautas com bastante força dentro do movimento.
Guilherme Boulos, da Coordenação Nacional do MTST, ressalta a importância dessa articulação. “No atual momento, de ajuste fiscal e corte de direitos sociais, é necessário que tenha uma ampla unidade para que os trabalhadores não paguem o preço da crise”, afirma.
“Nós achamos mais do que necessário construir uma unidade em torno do tema das reformas populares, como a política, urbana, agrária, tributária, a democratização das comunicações, a auditoria da dívida pública, entre outras. São pautas como essas que conseguem unir um campo amplo da esquerda”, conclui Boulos.
Já o deputado federal Ivan Valente, líder do PSOL na Câmara, cujo mandato tem participado ativamente da construção, caracteriza a frente como um movimento “de baixo para cima, com a pressão da sociedade civil”. “A resposta à austeridade fiscal e o ataque aos direitos sociais dos trabalhadores e previdenciários só pode vir de uma frente que uma os lutadores dispostos ao enfrentamento, sobre um programa de reformas populares e por fora da polarização PT-PSDB”, afirma.

