O PSOL apresentou na última sexta-feira (15) um aditamento ao pedido de cassação já feito pelo partido contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) com as novas informações que ligam a parlamentar bolsonarista diretamente à trama golpista que envolvia o próprio Jair Bolsonaro e aliados para não respeitar o resultado eleitoral de 2022.
O texto pede que novas informações sejam adicionadas a um pedido protocolado em agosto de 2023, quando o hacker Walter Delgatti disse que Zambelli e seus auxiliares financiaram duas despesas para tentar invadir o sistema eleitoral.
Em depoimento recente à Polícia Federal (PF), o ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior afirmou que Zambelli o pressionou a aderir ao plano golpista de Bolsonaro em dezembro de 2022.
A deputada abordou de forma semelhante o então ministro da Defesa do governo Bolsonaro, general Paulo Sérgio Nogueira.
“É inadmissível que uma parlamentar democraticamente eleita incite integrantes das Forças Armadas a aderirem a um golpe de Estado. Isso passa de qualquer limite do aceitável”, avalia a presidenta nacional do PSOL, Paula Coradi.
“Por conta disso, o PSOL inclui este aditivo no pedido cassação do mandato da deputada Carla Zambelli já em curso na Câmara dos Deputados. Ela deve responder pelos seus atos na Justiça. Os golpistas não podem ter o privilégio da anistia. O que se planejava fazer contra o país é muito grave e não pode ficar impune”, conclui a dirigente do partido.
“As ações e falas da deputada federal Zambelli são extremamente graves e atentam contra a ordem jurídica e social fixada pela Constituição, descumprindo os deveres parlamentares ali expostos”, diz trecho do pedido do PSOL.
“É fundamental que a representação chegue ao Conselho de Ética: e a cassação da Deputada Carla Zambelli, mais do que uma possibilidade, agora se torna um imperativo”, ressalta outro trecho o documento.