A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados apresentou uma denúncia ao Ministério Público Federal do Distrito Federal e à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão nesta quinta-feira (7) para pedir a investigação do agrupamento que se autointitula “300 do Brasil”, que permanece acampado em Brasília em plena pandemia do novo coronavírus e organiza atos antidemocráticos contra o STF, com ameaças de “extermínio da esquerda” e agressões a profissionais de saúde e jornalistas.
A ativista Sara Winter, que já ocupou cargo no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos durante o governo Bolsonaro, se proclama uma das organizadoras do acampamento e confirma o apoio direto de muitos deputados bolsonaristas.
O grupo “300 do Brasil” afirmam que vai “exterminar a esquerda” no Brasil através de “ataques estratégicos”, com “treinamento físico de combate”, numa evidente demonstração de ódio e intolerância, absolutamente contrários ao que prevê a Constituição Federal.
Em posts nas redes sociais, o movimento também pede adesão de pessoas que estejam dispostas a passar por um treinamento com especialistas em “revolução não-violenta e desobediência civil”, técnicas de “estratégia, inteligência e investigação” e instrução sobre “táticas de guerra de informação”.
A PGR já determinou abertura de inquérito para investigar a organização das manifestações contra a democracia que contam com a participação do presidente Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19. O PSOL pede que esta organização paramilitar seja anexada ao inquérito que já corre no Supremo Tribunal Federal (STF).