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Sementes de Marielle: Conheça as parlamentares negras do PSOL pelo Brasil

Neste dia 8 de dezembro, completamos 1000 dias do brutal assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, em um crime político no Rio de Janeiro ainda sem solução. Mas se os mandantes do crime, ainda a serem descobertos e responsabilizados, esperavam interromper as lutas de Marielle com este assassinato, estavam completamente enganados. Marielle Franco floresceu e virou sementes por todo o Brasil.

Desde as eleições de 2018, uma série de mulheres negras e periféricas foram eleitas para as casas legislativas de todo o Brasil. As “sementes de Marielle” seguem levando seu legado e suas lutas adiante de norte a sul no país. Nas eleições municipais de 2020, uma nova onda de mulheres negras foi eleita para as Câmaras Municipais. Muitas delas, inclusive, eleitas pelo PSOL, partido de Marielle Franco.

Conheça abaixo um pouco das “sementes de Marielle” espalhadas pelas casas legislativas do Brasil:
Na Câmara dos Deputados

Em 2018, a Câmara dos Deputados viu serem eleitas duas mulheres negras do PSOL que levam cotidianamente o legado de Marielle Franco adiante por todo o Brasil. Talíria Petrone, amiga pessoal de Marielle e então vereadora de Niterói (RJ) no ano do assassinato da companheira de vida e de partido, foi a 9ª mais votada de todo o estado do Rio de Janeiro, com 107.317 votos, e se elegeu deputada federal pelo PSOL. As ameaças de morte que já sofria durante seu mandato em Niterói só se intensificaram desde então, chegando ao ponto de não poder entrar no estado que a elegeu porque não pode ter a sua segurança e de sua filha, Moana Mayalú, garantidas.

 

 

Outra semente de Marielle na Câmara dos Deputados é Áurea Carolina, eleita em 2018 como a mulher mais votada de todo o estado de Minas Gerais, com 162.740 votos. Quando o assassinato de Marielle aconteceu, Áurea Carolina era vereadora do PSOL em Belo Horizonte. Em 2020, apresentou a sua plataforma de esperança nas eleições à Prefeitura de BH, e obteve quase 10% dos votos. Seguirá, em 2021, sendo uma das sementes de Marielle em Brasília.

 

 

Áurea e Talíria terão a companhia, a partir de 2021, da jovem Vivi Reis, de apenas 29 anos, que assumirá o mandato como deputada federal do PSOL pelo estado do Pará. Mulher negra da Amazônia e bissexual, Vivi entra no lugar de Edmilson Rodrigues, eleito prefeito de Belém (PA) pelo PSOL nas eleições de 2020. Vivi é fisioterapeuta, estudante de pós-graduação da Universidade Federal do Pará (UFPA) e educadora popular. A nova deputada federal do PSOL é filiada no partido desde 2011, quando tinha 20 anos. Desde então é figura atuante nos movimentos sociais de Belém e se forjou como uma importante liderança popular da cidade e de todo o estado do Pará.

 

 

Nas Assembleias Legislativas

As eleições de 2018 também marcaram a chegada de uma série das “sementes de Marielle” às Assembleias Legislativas brasileiras. O caso mais marcante aconteceu no estado do Rio de Janeiro, de onde era Marielle Franco. Foram eleitas, como deputadas estaduais, três mulheres negras muito próximas de Marielle e que a tinham como referência política. Entre elas está Renata Souza, que foi chefe de gabinete do mandato de Marielle na Câmara Municipal do Rio, e que também foi a candidata do PSOL à Prefeitura do Rio de Janeiro em 2020. Completam a lista a pastora e cientista social Mônica Francisco e a jovem Dani Monteiro, ambas assessoras do mandato de Marielle Franco.

 

Mas não foi apenas no Rio de Janeiro que as sementes foram semeadas. Em Minas Gerais, Andréia de Jesus foi eleita a primeira mulher negra da história a ocupar um cargo de deputada estadual em MG. Andréia já trabalhou como empregada doméstica, diarista, operadora de telemarketing, entre outras funções, antes de se formar como advogada através de uma bolsa do ProUni.

 

 

 

Em São Paulo, o legado político de Marielle foi representado na histórica eleição de Érica Malunguinho, primeira mulher negra e transexual a ser eleita para a Assembleia Legislativa do estado. Outra mulher negra eleita pelo PSOL em São Paulo em 2018 foi a Mônica da Bancada Ativista, mandato coletivo pioneiro no estado eleito com quase 150 mil votos.

 

 

 

 

Já em Pernambuco, o legado de Marielle Franco está bem representado desde 2018 no mandato coletivo Juntas Codeputadas, eleitas pelo PSOL para a Assembleia Legislativa do estado. O mandato pioneiro é composto por cinco mulheres: Jô Cavalcanti, mulher negra e militante do MTST; Joelma Carla, moradora de Surubim, no interior do estado; Carol Vergolino, militante da cultura em Pernambuco; Kátia Cunha, feminista, lésbica e professora da rede estadual de ensino; além de Robeyoncé Lima, primeira advogada trans da história de Pernambuco.

 

Em 2020, as sementes de Marielle se espalham pelo Brasil

Neste ano, foi a vez das sementes de Marielle ocuparem as Câmaras Municipais. O PSOL teve mulheres negras eleitas de norte a sul do Brasil. No Nordeste, dois mandatos coletivos encabeçados por mulheres negras foram eleitos em Salvador (BA) e Fortaleza (CE). Na capital baiana, o PSOL será representado pelas Pretas por Salvador, mandato formado por três mulheres negras: Laina Crisóstomo, Cleide Coutinho e Gleide Davis.

 

 

Em Fortaleza, o mandato coletivo Nossa Cara também é encabeçado por três mulheres negras criadas na periferia da cidade: Adriana Gerônimo Vieira Silva, Louise Anne de Santana e Lila M. Salu. Completam a lista de sementes de Marielle eleitas pelo PSOL no Nordeste a vereadora mais votada de Recife (PE), a mulher negra Dani Portela, e a mais votada de Aracaju, a mulher trans Linda Brasil.

 

 

Em São Paulo, as mulheres negras do PSOL foram um fenômeno eleitoral, traduzindo em votos o importante protagonismo negro no partido em São Paulo. Na capital, foram eleitas Érika Hilton, primeira mulher negra transexual a ser eleita para a Câmara Municipal e a jovem Luana Alves. Também foram eleitas, através de mandatos coletivos, o Quilombo Periférico, encabeçado por Elaine Mineiro e composto por três mulheres e três homens, todos negros e negras, e a Bancada Feminista, que tem Paula Nunes, Carolina Iara e Natália Chaves, todas mulheres negras, além de Silvia Ferraro e Dafne Sena.

 

O mandato coletivo Ativoz, eleito para a Câmara Municipal de Osasco, na Grande São Paulo, também é encabeçado por uma mulher negra, Juliana Curvelo. Além disso, Débora Camilo, mulher negra do PSOL, foi eleita vereadora na cidade de Santos, no litoral paulista. Em Marabá Paulista, na região oeste do estado, Débora Firmo do Assentamento também será uma das sementes de Marielle em São Paulo.

 

 

 

 

No Rio de Janeiro, tivemos a mulher negra e anticapitalista Thaís Ferreira eleita para a Câmara Municipal da capital, além da própria viúva de Marielle Franco, Mônica Benício. A mulher negra transexual Benny Briolly também foi eleita vereadora em Niterói (RJ), cidade onde foi assessora do mandato de Talíria Petrone.

 

 

 

 

 

Para completar a região sudeste, a jovem mãe negra Iza Lourença foi a mais votada do PSOL em Belo Horizonte, além de Camila Valadão ter sido eleita não só a primeira vereadora do PSOL em Vitória, capital do Espírito Santo, mas também a primeira mulher negra da história na Câmara Municipal da cidade. Em Juiz de Fora (MG), Tallia Sobral será também uma semente de Marielle.

 

 

 

 

Para completar a relação de sementes de Marielle eleitas, tivemos a mulher negra Karen Santos como a mais votada para a Câmara Municipal de Porto Alegre (RS), Lívia Duarte e Enfermeira Nazaré que representarão o PSOL no parlamento municipal de Belém (PA) e serão fundamentais durante a Prefeitura de Edmilson Rodrigues na única capital que será governada pelo partido, além da Professora Madalena, eleita vereadora em Abaetetuba pelo PSOL.

 

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