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Deputados Democratas dos EUA pedem proteção a Talíria Petrone (PSOL)

Um grupo de 22 deputados do Partido Democrata dos Estados Unidos divulgou nesta quarta-feira (2) uma carta pública em solidariedade à deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ), que vem recebendo seguidas ameaças de morte no Rio de Janeiro, e criticam as políticas “antidemocráticas e xenófobas” do presidente Jair Bolsonaro.

Talíria está impedida de retornar ao Rio de Janeiro com sua filha de cinco meses após receber seguidas mensagens com ameaças de morte. Em setembro, a deputada do PSOL acionou a Organização das Nações Unidas (ONU) para pedir proteção após não receber ajuda tanto do governo federal como dos governos do Rio de Janeiro.

Na carta, os congressistas americanos mencionam o assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018, e ameaças contra o ex-deputado Jean Wyllys, que teve de deixar o país, e dizem que “líderes afro-brasileiros da oposição não têm recebido proteção adequada do governo brasileiro para garantir sua segurança”.

Deputados americanos democratas já vinham criticando diversos aspectos do governo Bolsonaro, principalmente em questões de direitos humanos e política ambiental.

A carta é liderada pela deputada Susan Wild e conta com apoio de deputados como Joaquin Castro, Alcee L. Hastings, Mark Pocan, Henry C. Hank Johnson, Alan Lowenthal, Deb Haaland (cotada para assumir o comando do Departamento do Interior no governo Biden), Raúl M. Grijalva, Ro Khanna, e Ilhan Omar.

Eles pedem uma investigação completa e imparcial para identificar e processar os responsáveis pelas ameaças a Petrone. Segundo a carta, é “alarmante” que o governo Bolsonaro tenha se mostrado, até agora, “incapaz ou pouco disposto a garantir a segurança de legisladores eleitos”. “Aliás, as tentativas de Bolsonaro de promover um racha na população brasileira contribuíram para uma alta na violência política nas eleições municipais de 2020, que resultaram em assassinatos de vários candidatos e apoiadores.”

Os congressistas democratas apontam para o crescimento do racismo e homofobia no Brasil. “Enquanto o presidente Bolsonaro continua a minar os direitos dos afro-brasileiros, mulheres, população LGBT, indígenas e outros, estamos vendo as forças do racismo, sexismo e homofobia serem perigosamente empoderadas no Brasil”, diz o texto.

“É por isso que, desde o início do governo Bolsonaro, uma ampla coalizão de membros do Congresso dos EUA tem denunciado e combatido os elogios do governo Trump e apoio ao presidente Bolsonaro. Nós continuaremos apoiando o povo brasileiro e nos opondo às ações antidemocráticas e xenófobas do presidente Bolsonaro.”

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