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O Brasil precisa respirar! Derrotar Bolsonaro, salvar vidas e reconstruir o país

A Executiva Nacional do PSOL se reuniu, de forma virtual, nesta sexta-feira (29) para discutir o agravamento da crise sanitária, econômica e social pela qual passa o Brasil em pleno novo pico da pandemia no país, com o fim do auxílio emergencial e o persistente negacionismo criminoso do governo federal de Jair Bolsonaro.

Entre as principais propostas e iniciativas do partido estão a luta pelo impeachment de Bolsonaro após um novo pedido de afastamento do presidente realizado pelos partidos de oposição na Câmara dos Deputados, a retomada do auxílio emergencial até o controle da pandemia, com vistas à criação de uma Renda Justa permanente, e a imunização urgente da população brasileira através das vacinas disponíveis contra a Covid-19.

A brusca queda na aprovação popular do presidente após sua atuação catastrófica que tenta sabotar o Plano Nacional de Vacinação diariamente e o fim do auxílio emergencial que deixou milhões de brasileiros à própria sorte é, na visão do PSOL, um dos principais fatores que podem levar à queda de Jair Bolsonaro do cargo.

A direção do partido também definiu que incentivará sua militância e seus apoiadores a participar das carreatas e outras iniciativas e mobilizações pelo #ForaBolsonaro que acontecem por todo o país. Uma campanha partidária será lançada para engrossar este caldo de mobilização por um novo rumo para o Brasil.

Leia a resolução na íntegra:

O BRASIL PRECISA RESPIRAR

Após dez meses desde o início da pandemia do novo coronavírus, o governo Bolsonaro segue colocando em risco a vida de brasileiros e brasileiras. Em janeiro, vivemos o aprofundamento da crise sanitária, tendo sua maior expressão na cidade de Manaus, onde dezenas de pessoas morreram devido à falta de oxigênio na cidade provocada pelo descaso, omissão e negacionismo de Bolsonaro e Eduardo Pazuello. Não é mera coincidência que Manaus, no Norte do país e região de abrigo da floresta amazônica, seja nesse momento o epicentro da pandemia, onde não apenas o discurso anti-isolamento de Bolsonaro contribuiu para a propagação do vírus, mas também a região de maior presença de povos indígenas do país, a quem Bolsonaro negou até mesmo água potável. Por isso afirmamos: o Brasil precisa voltar a respirar e isso só será possível com fim imediato deste governo e de seu projeto genocida.

Apesar de Bolsonaro e Pazuello trabalharem para que a imunização da população brasileira fosse a mais tardia possível, fazer propaganda contra a vacinação, distribuir – via Ministério da Saúde – medicamentos comprovadamente ineficazes como parte de um suposto “tratamento precoce” contra o coronavírus e politizar o uso vacina; a aprovação pela Anvisa dos imunizantes desenvolvidos pelos institutos Butantan, em parceria com a Sinovac; e Fiocruz, em parceria com a Astrazeneca/Oxford, foi uma vitória da ciência e de todos brasileiros e brasileiras. Em recente pesquisa, após o início da imunização 79% dos entrevistados manifestaram desejo de se vacinar. Bolsonaro se tornou o único líder político do mundo que foi derrotado politicamente pela vacina. O resultado é a queda na aprovação do governo, de 37% para 26% segundo pesquisa publicada na revista Exame.

O início da imunização trouxe esperança, mas também demonstrou enormes desafios, sendo o principal deles a oferta de vacina e o estrito cumprimento do programa de vacinação, de forma transparente, sem desperdício ou desvio de imunizantes. A política externa desastrosa de Ernesto Araújo atrapalha a chegada de imunizantes e também de insumos para a produção nacional. O país tem capacidade de imunização em massa, nosso Sistema Único de Saúde (SUS) possui uma das maiores redes de vacinação do mundo, mas a incompetência do Governo Federal mais uma vez ameaça a vida de milhares de cidadãos e cidadãs brasileiras.

A crise sanitária também aprofundou a crise econômica brasileira. A agenda ultraliberal de Paulo Guedes de retirada de direitos, privatizações, arrocho salarial, redução do papel do Estado, combinada com o aumento dos preços de alimentos e combustíveis, vai na contramão do que as maiores economias do mundo tem feito diante da crise econômica causada pela Covid-19. Para superar essa situação, a agenda econômica tem que passar pelo fim do teto dos gastos, por maiores investimentos nas áreas sociais e a continuidade do Auxílio Emergencial para assegurar que milhares de trabalhadores e trabalhadoras não sejam vítimas da fome, que infelizmente voltou a fazer parte da realidade brasileira. Recursos não faltam: com a mudança da política fiscal e tributária, a taxação de grandes fortunas, lucros e dividendos; a cobrança de caloteiros da União e a revisão da política de desonerações, é possível financiar mais e melhor as políticas sociais.

Desde o início da pandemia no Brasil, em março de 2020, o principal compromisso do PSOL é salvar vidas. Por isso, defendemos que as prioridades nesse momento são: imunização da população por meio da vacinação; retorno do Auxílio Emergencial até o controle da pandemia, com vistas à criação de uma Renda Justa permanente, e o impeachment de Bolsonaro. Não são tarefas excludentes. Os incontáveis crimes cometidos contra a saúde pública – que foram determinantes para que hoje o país chegasse a marca de mais de 220 mil mortos, o segundo país do mundo em número de vítimas – justificam a combinação de medidas para salvar vidas e, ao mesmo tempo, livrar o Brasil do pior governo de sua história democrática.

O aumento da repulsa popular ao governo Bolsonaro aumenta exponencialmente neste início de 2021, razão pela qual devemos apoiar todas as medidas que busquem ampliar seu desgaste e chegar ao impeachment ou outra saída constitucional que coloque fim ao governo da extrema-direita. As lutas dos trabalhadores da Ford contra o fechamento de seus postos de trabalho e dos trabalhadores do Banco do Brasil, contra o projeto de desmonte de Bolsonaro, mostram que há resistência. A candidatura de Luiza Erundina, única deputada de esquerda a disputar a presidência da Câmara dos Deputados, tem justamente este propósito: consolidar as bandeiras da mudança e dar voz àqueles que não querem apenas trocar Bolsonaro para assegurar o avanço da agenda neoliberal. Da mesma forma, a apresentação de um novo pedido de impeachment unificado de toda a oposição, protocolado na última semana, bem como a exigência de criação de uma CPI da saúde são importantes iniciativas no âmbito parlamentar.

No âmbito social, nos somaremos a todas as iniciativas promovidas pelos movimentos sociais para reforçar a campanha pelo #ForaBolsonaro e convocamos toda a nossa militância a se somar às carreatas e outras mobilizações convocadas para as próximas semanas em calendário consolidado na Plenária Nacional dos movimentos sociais, realizada na última semana. Devemos impulsionar uma campanha partidária, com materiais próprios, que estimule o engajamento de um número cada vez maior de pessoas na luta para derrotar Bolsonaro, salvar vidas e reconstruir o Brasil.

#ForaBolsonaro
#ImpeachmentJá
#VacinaParaTodas
#AuxílioEmergencial
#EmDefesaDaVida

Executiva Nacional do PSOL
29 de janeiro de 2021

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