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Todo apoio às mobilizações de Hong Kong

Nos últimos dois meses a população de Hong Kong tem ocupado às ruas da região chinesa semi-autônoma em enormes manifestações em defesa dos direitos civis, enfrentando tanto a dura repressão policial como a violência de gangues ligadas à máfia supostamente apoiadas pelo governo. As mobilizações começaram em resposta à proposição de uma nova lei que permitiria a extradição de cidadãos da ilha para a China continental, uma óbvia manobra legal que aumentaria a perseguição contra ativistas  a partir da ameaça de extradição para o governo de Pequim.

Mesmo após o governo ter dito que o projeto estava “morto”, as manifestações continuam, exigindo sua retirada forma da agenda do LegCo (parlamento local). Elas são compostas majoritariamente por jovens que lutam por liberdades democráticas, como o direito à livre expressão e organização política, o não processamento dos manifestantes detidos, a eleição democrática do governo local e contra o aumento da influência do governo chinês continental na região autônoma.

Esta é a maior crise política de Hong Kong desde que deixou de ser uma colônia britânica e retrata o atual impasse vivido dentro do modelo “um país, dois sistemas”, afetando a ditadura em um contexto inédito desde o Massacre da Praça da Paz Celestial em 1989 e que pode se combinar também com processos de luta e mobilização também  na China continental. Apesar da dificuldade de acesso à informação e da falta de credibilidade dos dados oficiais, os duros ataques da imprensa oficial sugerem possibilidades de uma crise ainda maior.

O recente ataque na estação Yuen Long, no qual grupos fascistas ligados à máfia Tríade atacaram manifestantes, jornalistas e transeuntes com apoio da polícia, demonstra que a escalada de violência continua. Da mesma forma, a intensificação da repressão policial e da perseguição às lideranças do movimento também demonstram os perigos colocados para este movimento popular em sua jornada pela defesa de direitos básicos.

Desde o Brasil, nós do PSOL nos solidarizamos com a juventude em luta na região autônoma de Hong Kong e expressamos nosso apoio à resistência contra o autoritarismo e a violência policial que hoje ameaçam esta população.

Executiva Nacional do PSOL
1 de agosto de 2019

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