A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados apresentou no último domingo (24) o pedido de cassação do mandato do deputado federal Chiquinho Brazão, preso como suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora do PSOL no Rio de Janeiro Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
O pedido, endereçado ao Conselho de Ética da Câmara, ressalta que retirar Brazão do mandato é necessário para evitar que ele use o cargo para atrapalhar investigações.
Além de Chiquinho, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ, foram presos por serem os mentores e terem planejado o brutal assassinato político ocorrido em 2018.
Além disso, sua manutenção como deputado mancha a imagem do parlamento brasileiro. “A sua cassação é uma necessidade: a cada dia que o representado continua como deputado Federal, é mais um dia de mácula e de mancha na história desta Câmara. Sua cassação é impositiva: para evitar que ele utilize do cargo para obstruir a justiça – impedindo, assim, o cometimento de outros crimes”, diz a representação.
“Ao criar obstáculos significativos à participação política, ao bom funcionamento das instituições públicas, ao desenvolvimento de processos e direitos políticos, inclusive constrangendo, interferindo e até interrompendo o cumprimento de mandatos eletivos, a violência política compromete a integridade da própria democracia”, continua o PSOL.
O partido conclui dizendo que “o autor intelectual da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes não pode estar como representante da Câmara dos Deputados. Sua cassação é urgente – e sua presença, uma vergonha pra Casa”.