Com informações do jornal Brasil de Fato
A Guarda Municipal de Curitiba (PR) protagonizou nesta quinta-feira (25) um absurdo ato de racismo e abuso de autoridade: o advogado Renato Freitas Júnior, candidato do PSOL a vereador na cidade, foi preso durante a tarde por suposta perturbação da ordem e desacato a autoridade. O motivo? Estar ouvindo rap numa rua do centro da cidade com dois amigos, que também foram abordados.
Os advogados que acompanham o caso identificam crimes de injúria racial, agressão física e abuso de autoridade. Freitas recebeu voz de prisão após pedir aos policiais para acompanhar a revista a seu carro, um direito seu. Foi algemado com as mãos para trás e recebeu um golpe na nuca.
Ao jornal Brasil de Fato, o advogado relata que os guardas sequer o informaram do porquê da prisão. Além disso, Freitas revela que, quando mostrou a eles sua carteira da OAB, provando que era advogado e que conhecia seus direitos, foi ridicularizado: “Disseram que era falsa. ‘Olha pra esse neguinho, olha pra essa foto. Com certeza é falsa’”.
Os advogados que acompanham o caso identificam ao menos duas ilegalidades no caso: a abordagem indiscriminada de jovens na calçada e o fato de Freitas ter sido algemado, espancado e levado para a prisão. Nenhuma das duas ações é de função da Guarda Municipal, a não ser em casos de flagrante. Freitas fez o exame de corpo delito e, a partir do laudo, os advogados entrarão com denúncia contra a Guarda. O caso deve ser levado, também, para o Ministério Público.
Renato Freitas contou à Mídia Ninja sobre o caso, em vídeo gravado ao vivo na saída da delegacia. Assista: