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Antonia Cariongo, liderança quilombola do PSOL-MA, leva à Justiça autor de ameaça de morte

A lavradora e liderança quilombola Antonia Cariongo, candidata pelo PSOL ao Senado no Maranhão em 2022, sofre com ameaças de morte desde 2020. As ameaças são de um fazendeiro local, que há décadas aterroriza a comunidade de Quilombo do Cedro, tentando expulsar os moradores pelo medo com o objetivo de tomar suas terras.

Mas ela, nascida e criada no Quilombo do Cariongo e uma das fundadoras do Comitê de Defesa dos Direitos dos Povos Quilombolas de Santa Rita e Itapecuru-Mirim, não recuou. A liderança quilombola acionou a Justiça e há três anos aguarda que alguma punição seja endereçada ao fazendeiro.

Seria a única reparação possível para uma mãe de três filhas que se viu obrigada a afastar-se para proteger suas vidas, e a mudar a rotina para não colocar em risco a vida dos demais familiares e companheiros de luta.

“Muitas vezes, meus irmãos me pediram para deixar o movimento. Houve situação em que minha irmã se ajoelhou, chorando, pedindo para eu deixá-lo, porque sonhou que chegava um carro aqui na porta de casa e me enchia de bala. Não é fácil isso, porque não é só você que vivencia essa agonia. A comunidade toda sabe, essa coisa de não saber que hora você vai morrer. Sua família também acaba vivendo esse suplício. Todo mundo acaba sofrendo”, diz Antonia.

Na última década, pelo menos 30 lideranças quilombolas foram assassinadas no país, segundo levantamento da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). O Maranhão é o segundo estado em número desse tipo de homicídio (9), superado apenas pela Bahia (11).

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