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Combater as ameaças golpistas nas ruas e eleger Lula para derrotar Bolsonaro são as prioridades do PSOL

A Executiva Nacional do PSOL se reuniu nesta terça-feira (2) em São Paulo e aprovou uma resolução sobre a conjuntura política do Brasil após Bolsonaro aumentar o tom de suas ameaças golpistas às vésperas do processo eleitoral deste ano.

Os dirigentes do PSOL convocam a militância a participar das mobilizações de 11 de agosto e 10 de setembro em defesa da democracia e para criar comitês PSOL com Lula em todo o Brasil para que eles sejam verdadeiros centros de mobilização da militância de esquerda contra o golpismo e pela eleição de Lula presidente.

A eleição de parlamentares do PSOL para casas legislativas de todo o Brasil e para o Congresso Nacional também será fundamental. A expectativa é eleger a maior bancada nacional da história do partido.

“Essas mobilizações serão fundamentais não apenas para garantir a vitória de Lula, mas para contribuir na luta para impedir qualquer aventura golpista contra a democracia, os direitos sociais e a soberania nacional”, diz trecho da resolução aprovada.

Leia a resolução política aprovada na íntegra:

 

RECHAÇAR A AMEAÇA GOLPISTA E ELEGER LULA PARA DERROTAR BOLSONARO

1. Estamos a menos de sessenta dias das eleições presidenciais. Lula segue liderando as pesquisas e pode vencer no primeiro turno. O PSOL tem se engajado, através dos comitês PSOL com Lula, na luta para garantir uma vitória maiúscula do candidato das esquerdas em outubro.

2. Diante desse quadro, Bolsonaro busca reagir. Primeiro, articulando sua base no Senado Federal para barrar a CPI que investigaria as falcatruas de seus aliados no Ministério da Educação; segundo, aprovando às pressas uma Emenda Constitucional que cria ou amplia benefícios sociais às vésperas da eleição; e terceiro, retomando a ofensiva golpista contra o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas.

3. A recente reunião com embaixadores, onde Bolsonaro repetiu as mentiras de sempre sobre as urnas eletrônicas, apesar de rechaçada amplamente por inúmeras instituições, foi a senha para que o tema voltasse à agenda política. Mesmo derrotada na Câmara dos Deputados no ano passado, a proposta de “voto impresso auditável” serve como elemento de mobilização da base bolsonarista e prepara os argumentos para a defesa de saídas golpistas. A convocação de atos para o próximo 7 de setembro tem precisamente esse propósito.

4. O crescimento da violência política, sobretudo contra lutadores e lutadores dos movimentos sociais, visível em inúmeros episódios recentes – o mais grave deles, a morte de Marcelo Arruda, militante do PT assassinado por um bolsonarista em Foz do Iguaçu – também acende o sinal de alerta. A venda indiscriminada de armas para colecionadores e clubes de @ro também são um elemento preocupante que deve ser denunciado como um perigo à democracia brasileira e ao processo eleitoral.

5. Nesse contexto, a campanha Fora Bolsonaro, composta por centenas de movimentos sociais, convocou para os próximos dias 11 de agosto e 10 de setembro mobilizações em todo o Brasil em defesa da democracia e contra a ameaça golpista. A militância do PSOL deve se somar ativamente a essas manifestações, combatendo quaisquer tentativas de provocação ou intimidação por parte dos bolsonaristas. Orientamos também o apoio ao Grito dos Excluídos, bem como às demais mobilizações dos setores da classe trabalhadora.

6. Ao mesmo tempo, porém, não podemos perder o controle sobre os rumos do debate eleitoral. O aprofundamento da crise econômica, social e ambiental permitiram que a esquerda se reconectasse com uma base social que havia sido impactada pelo processo de “demonização” das esquerdas pela grande imprensa. Nosso compromisso com a luta pelo emprego, contra a fome e a inflação, contra a devastação ambiental e pelos direitos dos povos indígenas, contra a perseguição e assassinato do povo Guarani Kaiowá, pelos direitos da negritude, das mulheres, da comunidade LGBTQIA+ e da classe trabalhadora nos coloca numa posição privilegiada para oferecer saídas concretas para a crise que o Brasil vive.

7. Por isso, ao mesmo tempo em que rechaça a escalada golpista de Bolsonaro, o PSOL vai privilegiar, em diálogo com a campanha de Lula, o debate em torno dos temas que são mais caros à maioria do povo brasileiro: a fome, o desemprego, a violência policial contra as populações periféricas, a inflação, os ataques aos direitos sociais, à Amazônia e ao meio-ambiente. Democracia e justiça social não são elementos antagônicos. No entanto, deixar a agenda econômica em segundo plano é tudo o que Bolsonaro quer, ante o fracasso de sua gestão.

8. O PSOL deve manter-se alerta. Ao mesmo tempo em que fortalecemos nossas campanhas às assembleias legislativas, Câmara dos Deputados, Senado Federal e aos governos estaduais, devemos fazer dos comitês PSOL com Lula verdadeiros centros de mobilização da militância de esquerda. Seremos porta-vozes de um grande e unitário chamado às manifestações de 11 de agosto, dia dos estudantes, e 10 de setembro, Dia Nacional de Mobilização pela Democracia, no sentido de criar um novo ciclo de mobilização social para enfrentar o próximo período.

9. Essas mobilizações serão fundamentais não apenas para garantir a vitória de Lula, mas para contribuir na luta para impedir qualquer aventura golpista contra a democracia, os direitos sociais e a soberania nacional.

Executiva Nacional do PSOL
02 de agosto de 2022

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