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COP 30 em Belém (PA) trará nova vida à conferência

Governada pelo PSOL, a capital do Pará é candidata a receber, em 2025, a COP 30. A cidade espera ser escolhida para receber o evento e mostrar para o mundo a realidade da Amazônia. A última mesa da Conferência da Amazônia do PSOL realizada em Belém tratou dessa possibilidade. Os três participantes da mesa defendem que a COP amazônica poderá trazer avanços para as discussões acerca da defesa da floresta.

Em sua participação na mesa, Bruno Malheiros, professor do curso de Licenciatura em Educação do Campo da UNIFESSPA e da Pós-Graduação em Geografia na UEPA e coordenador do Laboratório de Estudos em Território, Interculturalidade e R-Existência na Amazônia (LaTierra), apresentou dados sobre desmatamento e avanço do agronegócio sobre o território amazônico. Para ele, a realização de uma COP em Belém será muito acertada e proporcionará uma mudança de paradigma na conferência. “A COP vai decidir se será apenas um laboratório do liberalismo ou uma alternativa de real mudança, sem a ilusão com as novas roupagens do capital.”

Para a deputada estadual paraense Lívia Duarte, a COP de Belém servirá também para denunciar a atuação do grande capital e seu falso discurso de ajuda à Amazônia. “Há um esforço em dizer que não temos competência de gerenciar a Amazônia. Teremos uma oportunidade de mostrar nossa luta sem fronteiras em defesa do território.”

Coordenadora da Casa de Maria, instituição que garante acolhimento e atendimento psicológico, social e jurídico a mulheres em situação de violência doméstica e familiar, Tânia Chantel a COP também é uma oportunidade de se “criar políticas de enfrentamento de combate às violações de direitos humanos na Amazônia”.

A Conferência das Partes (COP) é o encontro da Convenção-Quadro do Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudança do Clima. Realizada anualmente por representantes de vários países, tem com objetivo de debater as mudanças climáticas e encontrar soluções para os problemas ambientais que afetam o planeta, além de negociar acordos.

O prefeito Edmilson Rodrigues aponta que a COP em Belém será um instrumento técnico e político de harmonização entre as pessoas e o espaço urbano. Ele ressalta ainda que a conferência deve ser um instrumento de democratização e expressão do poder popular, com o povo no comando na construção do futuro. “Teremos uma COP riquíssima. É importante que Belém seja esse palco de discussão de futuro e mostre a importância da Amazônia para o futuro.”

Para o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, a escolha da sede da COP 30 vai apontar se a COP vai ser um encontro excludente ou se vai promover uma escuta da sociedade. Ele destaca que a COP em Belém poderá “revitalizar um elemento importante do encontro que é a participação da sociedade civil, dos movimentos sociais e das ONGs”.

Coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura de Belém, Luiz Arnaldo Campos, afirma que não haverá decisão mais acertada do que a escolha da capital do Pará como sede da COP 30. “Estamos em um dos centros da luta da humanidade contra sua destruição. É uma grande oportunidade para Belém. Nós, da Prefeitura, estamos trabalhando com movimentos sociais para que a COP seja cercada manifestações de massa dos que defendem meio ambiente”, destaca.

A cada ano é realizada a COP com o respectivo número do encontro. A COP1 ocorreu em Berlim, Alemanha, em 1995.

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