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PSOL e oposição coletam assinaturas para criar a “CPI do Tratoraço” na Câmara

Na última segunda-feira (10), o deputado federal do PSOL Ivan Valente deu início ao processo de coleta de assinaturas para implementar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o direcionamento de R$ 3 bilhões do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Regional para comprar apoio político de deputados e senadores para o governo Bolsonaro.
Ao lado da bancada do PSOL e dos partidos de oposição, o trabalho será para coletar 171 assinaturas para que o pedido seja apresentado ao presidente da Casa, Arthur Lira.
“A criação de orçamento paralelo com execução condicionada à indicação de parlamentares que votam com o governo configura verdadeira compra de votos e fere gravemente a autonomia do Poder Legislativo e a separação de poderes assegurada na Constituição”, disse Ivan Valente no requerimento de abertura de CPI.
Pelo acordo de Bolsonaro para comprar apoio político para as candidaturas de Arthur Lira à presidência da Câmara e de Rodrigo Pacheco ao comando do Senado, em fevereiro, deputados e senadores demandaram a compra de tratores e outras máquinas agrícolas, indicando até mesmo preços que chegaram a até 259% acima dos valores de referência fixados pelo próprio governo.
Além disso, Bolsonaro também aumentou a área de atuação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), uma estatal controlada pelo Centrão, que vai aplicar os recursos do orçamento secreto conforme as indicações dos parlamentares. Na prática, Bolsonaro deu o dinheiro e a caneta para seus apoiadores.
O PSOL fez, ainda, uma representação contra Bolsonaro, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o diretor da Codevasf Marcelo Pinto, solicitando a abertura de uma investigação pelo Ministério Público.
“É inadmissível que, na pior crise sanitária, social e econômica do mundo, com a população brasileira morrendo de fome, de covid-19 e de tiro, o presidente use de corrupção para conseguir que seus aliados ganhem as eleições para a Câmara e o Senado. No entanto, não nos surpreende. Bolsonaro é a mais velha forma de fazer a política do toma-lá, dá-cá”, disse a líder do PSOL, Talíria Petrone.

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