fbpx

Unidade na diversidade: atos do dia 2 de outubro serão prova de fogo, diz Juliano Medeiros

Em artigo para o Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa, o presidente do PSOL Juliano Medeiros avaliou as manifestações a favor e contra o governo Bolsonaro dos dias 7 e 12 de setembro e projetou a importância da mobilização para os atos de rua pelo impeachment de Bolsonaro convocados para o dia 2 de outubro.

Ele avaliou como acertada a decisão de ocupar as ruas contra o governo no dia 7 de setembro, apesar de outros setores da oposição terem avaliado como arriscado demais fazer manifestações no mesmo dia dos atos bolsonaristas.

“As semanas que antecederam o 7 de setembro foram de tensão. Parte da oposição, insuflada por uma irresponsável campanha midiática, embarcou na ameaça de golpe. Se falava de um levante das PM’s e das Forças Armadas para fechar o STF e decretar o Estado de Sítio”, relembrou Medeiros.

Logo depois, a nova polêmica foi sobre a participação ou não dos movimentos e partidos de esquerda nas manifestações convocadas por movimentos de direita como MBL e Vem Pra Rua para o dia 12 de setembro.

“A discussão se alastrou rapidamente pelas redes. A centro-esquerda se somou aos atos. Movimentos e partidos mais à esquerda, como PSOL e PT optaram por defender a construção de atos unitários, mas não foram aos protestos do último dia 12 de setembro”, relata o presidente do PSOL sobre as manifestações do dia que acabaram mobilizando muito pouco.

“O resultado das mobilizações convocadas pelo MBL e Vem Pra Rua serviram para demonstrar que existem apenas dois setores com capacidade de mobilização hoje no Brasil: a esquerda e o bolsonarismo. A ideia de uma ‘terceira via’ com peso de massas é uma quimera. Mesmo assim, o debate sobre o dia 12 precipitou uma importante discussão entre os opositores de Bolsonaro sobre a necessidade de construir novas mobilizações, mas de forma unificada”, avaliou Juliano Medeiros.

A expectativa agora para o dia 2 de outubro, é de realizar amplas mobilizações em um espaço unificado, similar ao que foram as “Diretas Já”. PSOL, PT, PCdoB, PSB, PDT, Rede, PV, Cidadania e Solidariedade se reuniram e se somaram à convocação das manifestações para o dia convocadas pela Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que reúne movimentos sociais.

“No centro, o impeachment de Bolsonaro e a necessidade de preservar a democracia. Com a mão estendida pela oposição de esquerda e centro-esquerda, como reagirão os organizadores dos protestos do último dia 12? Reconhecerão a necessidade de unir forças para abreviar o sofrimento do povo brasileiro ou rechaçarão o chamado à unidade?”, questiona o dirigente do PSOL.

“Os próximos dias serão decisivos, já que novas manifestações estão sendo convocadas no próximo dia 2 de outubro. A oposição pode dar um passo à frente, deixando diferenças estratégicas em segundo plano em nome de uma unidade tática. Terão essa capacidade? Saberemos em breve”, conclui.

Leia o artigo na íntegra clicando aqui.

Cadastre-se e recebe informações do PSOL

Relacionados

PSOL nas Redes

469,924FãsCurtir
362,000SeguidoresSeguir
2,011SeguidoresSeguir
515,202SeguidoresSeguir

Últimas