fbpx

Bancada do PSOL cobra Plano Nacional de Vacinação a todos os brasileiros

Reunida na última sexta-feira (11), a bancada do PSOL na Câmara dos Deputados discutiu a situação da pandemia de Covid-19 no Brasil ao lado de diversos especialistas em epidemiologia do país. Os especialistas estimam um número quatro vezes maior de contaminados do que o divulgado pelas autoridades brasileiras e um cenário trágico para o final de janeiro como resultado das festas de fim de ano e as férias de verão.

Ao contrário do que acredita o presidente da República, que fala em “finalzinho”, para os profissionais da área de saúde que estão na linha de frente do combate estamos vivendo uma nova aceleração da pandemia. E só a vacinação em massa da população poderá desacelerá-la.

A definição de um plano nacional de vacinação contra a Covid-19 com capacidade de conter a epidemia foi discutida com a bancada do PSOL. O plano apresentado pelo governo no início de dezembro está muito aquém das expectativas e “é como dar soro fisiológico para o doente. Não terá capacidade para conter a contaminação  comunitária”, desabafou um dos médicos.

O maior empecilho é a falta de vacinas. No entanto, a falta de diálogo com o Ministério leva o Instituto Butantan a negociar diretamente com governos estaduais e municipais a venda da vacina, uma situação inédita, já que não existe previsão de compras pelo governo federal.

Enquanto o mundo corre atrás das vacinas, o Brasil ainda não tem estratégia de compra nem cronograma de vacinação. Outra crítica contundente levada à bancada do PSOL na Câmara é a falta de coordenação das ações. Falta definir prioridades para a vacinação e um plano de acompanhamento de quem recebe as doses para que a comunidade científica se retroalimente dos dados sobre as vacinas. Logística de conservação, refrigeração e distribuição das vacinas estão na lista da enorme ausência de planejamento relatada. Um consenso entre os especialistas é a confiança na capacidade operacional do SUS para aplicar o plano que for decidido.

Para um bom grau de adesão da população à vacinação, segundo a OMS, os primeiros passos são a comunicação de risco durante a emergência e a confiança da população nas autoridades de saúde. O governo Bolsonaro caminha no sentido contrário, desacreditando a comunidade científica quando minimiza o tamanho da crise.

Os especialistas acreditam que o país não pode mais esperar que o Ministério da Saúde tenha protagonismo na luta contra a epidemia da Covid-19. Sugerem que outras lideranças, como o Congresso e o Supremo Tribunal Federal,  se posicionem e exijam ações imediatas do governo federal, criando um Comitê de Vacinação. Segundo eles, vivemos uma situação de desarticulação das áreas de imunização dos entes da federação nunca vista.

Enquanto o país navega sem rumo na pandemia, o factoide sobre a requisição de vacinas que sempre estiveram à disposição do governo preencheu o noticiário desta sexta-feira.

A líder do PSOL na Câmara, Sâmia Bomfim, assinalou sobre a importância da reunião: “a bancada do PSOL está empenhando todos os esforços possíveis para garantir que o povo brasileiro possa ser vacinado contra a covid-19 o quanto antes. Para isso, estamos em articulação permanente com especialistas, médicos, professores, estudiosos, entidades e movimentos em defesa da saúde pública”, comentou Sâmia.

“Esse diálogo é fundamental para podermos levar para a Câmara as reivindicações e demandas daqueles que estão na linha de frente dos esforços pela imunização de todos os brasileiros. Esse é o papel que o governo federal deveria estar cumprindo através do Ministério da Saúde. Infelizmente, Bolsonaro e Pazuello agem contra a saúde pública e se empenham apenas para atrapalhar. Por isso, nos próximos dias apresentaremos projetos em defesa do SUS por um plano nacional de imunização urgente”, conclui a deputada.

Cadastre-se e recebe informações do PSOL

Relacionados

PSOL nas Redes

469,924FãsCurtir
362,000SeguidoresSeguir
2,082SeguidoresSeguir
515,202SeguidoresSeguir

Últimas