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PSOL vai entrar com ação contra Flávio Bolsonaro no Conselho de Ética do Senado

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) vai entrar com uma representação no Conselho de Ética do Senado Federal nesta semana contra Flávio Bolsonaro por quebra de decoro. A ação é motivada pelas graves denúncias de “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual do Rio de Janeiro, em esquema organizado pelo polêmico Fabrício Queiroz, que chegou a depositar R$ 24 mil em dinheiro vivo na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A relação do filho “zero um” com o ex-militar Adriano da Nóbrega, assassinado recentemente na Bahia, também deve ser investigada e sustenta a representação.

Em reportagem exibida ontem pela Rede Globo, novas informações tornam inadiável a ação do PSOL. Segundo o que foi apresentado pelo Jornal Nacional, entre diversas outras conexões entre Flavio Bolsonaro e os dois ex-militares, a mãe de Adriano e a ex-mulher dele receberam de R$ 1 milhão em salários, mas não apareciam para trabalhar. Deste total, R$ 200 mil foram transferidos para contas de Fabrício Queiroz. Outros R$ 200 mil foram sacados em dinheiro vivo.

O Ministério Público do Rio de Janeiro acredita que essa quantia foi repassada em mãos para o esquema de rachadinhas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e serviu para financiar o chefe do Escritório do Crime.

Nas mensagens em grupos de Telegram mandados por integrantes da Operação Lava Jato em 2018, quando as denúncias robustas sobre a “rachadinha” vieram à tona, a avaliação de Deltan Dallagnol e os procuradores estava cristalizada:  “É óbvio o que aconteceu. E agora, José?”; “Moro deve aguardar a apuração e ver quem será implicado. Filho certamente. O problema é: o pai vai deixar? Ou pior, e se o pai estiver implicado, o que pode indicar o rolo dos empréstimos?”; “Seja como for, o presidente não vai afastar o filho. E se isso tudo acontecer antes de aparecer vaga no Supremo?”

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) também aponta que, através dos crimes de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, o hoje senador enriquece exponencialmente. Em 2015, Flávio Bolsonaro abriu uma loja de chocolates no Rio de Janeiro em 2015, quando sua renda começou a crescer de forma muita rápida.

Na eleição de 2006, ele havia declarado 385 mil em bens. Na de 2010, 690 mil. Na de 2014, 714 mil. Nas duas seguintes, já um vendedor chocolates, tinha se tornado milionário: 1,4 milhão em 2016 e 1,7 milhão, em 2018.

O pedido do PSOL é assinado pelo presidente do partido, Juliano Medeiros, e pela líder da bancada do partido na Câmara dos Deputados, Fernanda Melchionna, e será avaliado pelo Conselho de Ética do Senado. A sanção máxima ao filho “zero um” do presidente Jair Bolsonaro pode ser a cassação de seu mandato no Congresso Nacional.

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