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Luiza Erundina é a candidata do PSOL à presidência da Câmara

Luiza Erundina (SP) será a candidata do PSOL para a presidência da Câmara dos Deputados no biênio 2017-2018, que acontece nesta quinta-feira (02/02). A bancada do partido anunciou a decisão em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (01).

A candidatura de Erundina é em contraposição aos nomes de Michel Temer para o comando da Casa, como o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM/RJ), e Jovair Arantes (PTB/GO) – ambos notórios articuladores do golpe parlamentar de 2016 na Câmara.

Além disso, representa também a política clara de oposição ao governo no Congresso Nacional, contra a agenda de Temer e as reformas da Previdência e Trabalhista e pelo combate à corrupção que assola o governo e sua base parlamentar.

O novo líder do PSOL na Câmara, Glauber Braga, afirmou em coletiva de imprensa que a candidatura é resultado de um acúmulo da atuação da bancada ao longo dos anos, incluindo a luta pelo Fora Cunha e de resistência às medidas de Temer. “Temos acumulado ao longo dos anos candidaturas que representaram um projeto que tem o objetivo principalmente de dialogar com a sociedade brasileira por reformas estruturais do sistema político brasileiro e do sistema econômico”, afirmou o deputado. “A partir desse acúmulo, a bancada acumulou que não existe candidatura melhor para representar esse projeto do que a de Luiza Erundina”.

Para Erundina, essa não é apenas mais uma eleição da Câmara, mas sim uma eleição que exige respostas para a complexidade e as principais preocupações da sociedade em relação à política e ao parlamento brasileiro. “Há um descrédito generalizado com a política”, afirmou a candidata do PSOL.

A deputada disse, ainda, que a candidatura não é apenas um nome, mas sim compromisso político a partir da atuação da bancada no enfrentamento que já tem sido feito em relação às medidas do governo.

Questionada sobre a candidatura de André Figueiredo (PDT/CE), Erundina afirmou que o PSOL procurou as demais forças progressistas e de oposição na tentativa de construir compromissos políticos para além da candidatura, no sentido de formar um coletivo que se mantivesse identificado com pautas de forma permanente – mas, infelizmente, não foi possível.

A deputada citou a necessidade de pautar as reformas que a população necessita, como a política e a tributária. “Estamos identificados com os movimentos de trabalhadores que vêm perdendo direitos com as medidas do governo”.

Assista aqui à íntegra da coletiva de imprensa da bancada do PSOL na Câmara dos Deputados:

Assistente social de formação, Luiza Erundina está em seu quinto mandato consecutivo como deputada federal e já foi candidata à presidência da Casa em 2016, após a cassação definitiva de Eduardo Cunha (PMDB). A deputada foi a primeira prefeita eleita da cidade de São Paulo, em 1988, com uma gestão marcada pelo combate à desigualdade social e por projetos inovadores, como a proposta de Tarifa Zero no transporte público. Em 2016, Erundina também foi candidata a prefeita da capital paulista pelo PSOL.

Plataforma
Além da candidatura, a bancada do PSOL apresentou, também, a plataforma do partido para a disputa na Câmara. Como proposta, o PSOL defende pautas como valorização do papel político-ético da Câmara dos Deputados; atuação programática, com pautas democraticamente escolhidas com base no interesse social; resgate do caráter da Casa como “Câmara do povo”, onde a cidadania tenha acesso e não seja discriminada; mobilização na luta por Diretas já e por uma reforma política que moralize e radicalize a democracia; abertura aos temas de equidade de gênero, raça e orientação sexual, sempre atenta aos acordos internacionais dos quais o Brasil é signatária, entre outras.

“A conjuntura política, pautada pelo noticiário da Operação Lava-Jato, exige que a Presidência da Casa seja ocupada por quem não esteja citado nas investigações e bem represente a tão questionada importância do Parlamento para a democracia e os valores republicanos. A Presidência da Câmara dos Deputados, palco recente de chantagens, autoritarismo, e abuso das prerrogativas parlamentares e de interpretação enviesada do regimento interno, exige agora uma mudança radical de procedimento, comprometida em fazer dela o que sempre deveria ser: Casa do Povo. Os cargos da Mesa Diretora não podem ser preenchidos por envolvidos nos crimes investigados pelas Operações que desvendam escândalos de corrupção”, afirma o PSOL, na plataforma da candidatura de Luiza Erundina.

Para o partido, as pautas do Parlamento não devem se submeter aos interesses econômicos da elite. “É o que faz o governo ilegítimo ao promover o retrocesso nas conquistas sociais, em que abertamente diz que os direitos previstos na Constituição Federal, de resgate da dívida social brasileira, não cabem na economia e no PIB do Brasil. Querem preservar o interesse dos rentistas, assegurar a ciranda financeira, quebrar os direitos trabalhistas e colocar à venda o patrimônio público brasileiro. Daí a ideia esdrúxula dos que defendem que o novo presidente da Câmara dos Deputados não tenha medo de promover uma ‘agenda impopular’. A presidência da Câmara dos Deputados não deve adotar uma agenda contrária aos interesses da população, ferindo o princípio da soberania popular e a noção de mandato representativo”.

Leia também: Resolução política da bancada do PSOL na Câmara.

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