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Boulos: “Manifestações colocaram Bolsonaro na defensiva”


Em seu artigo semanal na Folha de S. Paulo, Guilherme Boulos falou sobre as históricas manifestações do último sábado, dia em que o Brasil bateu a triste marca de 500 mil mortes por Covid-19. Com público ainda maior e mobilizando mais do que o dobro de cidades, o #19J superou as já significativas manifestações de 29 de maio. O presidente Jair Bolsonaro acusou o golpe e está na defensiva desde a demonstração de força popular nas ruas.
“A suposição de que os atos de 29 de maio teriam sido episódicos, mais um desabafo do que o impulso para uma mobilização nacional, caiu por terra”, constatou Boulos, que falou sobre os anseios das ruas de retirar Bolsonaro imediatamente da Presidência do Brasil. “O foco das ruas tem sido o impeachment de Bolsonaro, em contraponto à ideia de simplesmente aprofundar seu desgaste até as eleições de 2022. As perdas humanas e sociais que podemos ter até lá caso ele continue no comando são incalculáveis”, alerta.
Guilherme Boulos mostra que o que ainda sustenta Bolsonaro no cargo é a corrupção e troca de favores com o Centrão do Congresso Nacional através de emendas e Ministérios. “No entanto a queda de popularidade de Bolsonaro —sobretudo no Nordeste, onde está a força eleitoral de muitos deputados do centrão— pode mudar o ambiente no parlamento. Se forem forçados a escolher entre o cálculo da própria reeleição e a fidelidade ao governo, não hesitarão. O grito das ruas pode ser o empurrão que faltava”, avalia.
Uma das maiores importâncias das manifestações, segundo o militante do PSOL e do MTST, é o freio às aventuras golpistas de Jair Bolsonaro, que tenta criar o clima para uma possível ruptura institucional. Para Boulos, as manifestações “são uma demonstração de força contra a marcha autoritária de Bolsonaro, uma espécie de barreira popular a seu projeto golpista, que toma contornos cada vez mais claros. Ao mobilizar seus partidários em passeios de moto, levar Pazuello a quebrar a hierarquia militar e intensificar a narrativa do voto impresso, Bolsonaro vai preparando o clima de uma ruptura institucional”.
“Por isso, as manifestações de rua são tão importantes: colocam Bolsonaro na defensiva, têm o potencial de pautar o impeachment e representam uma barreira popular à sua estratégia autoritária. Por isso é fundamental seguir e fazê-las crescer ainda mais. Nas encruzilhadas da história, a omissão é sempre o pior caminho”, conclui Boulos.

Leia o artigo na íntegra clicando aqui.

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