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Executiva do PSOL debate conjuntura, organização e define linhas para o programa de governo

Dirigentes se reuniram nesta sexta-feira, em Brasília, na primeira reunião desde o 4º Congresso Nacional, realizado em dezembro último

Leonor Costa, do site do PSOL Nacional

A agenda de trabalho do PSOL em 2014 será bastante intensa, no que depender da Executiva Nacional eleita no 4º Congresso Nacional do partido, realizado em dezembro. O ano mal começou e os novos dirigentes do partido já definiram, em reunião nesta sexta-feira (07), em Brasília, uma série de ações que serão realizadas no primeiro semestre deste ano. O encontro de hoje, coordenado pelo presidente nacional Luiz Araújo, fez uma avaliação do programa político gratuito exibido nesta quinta-feira (06) em cadeia nacional de rádio e TV, debateu a conjuntura nacional, definiu a metodologia do processo de elaboração do programa de governo que será apresentado ao país nas eleições deste ano e tratou do funcionamento interno da Executiva Nacional do partido.

Em relação à conjuntura, depois de um amplo debate que tomou como base as linhas gerais da resolução aprovada no 4º Congresso Nacional, foi criada uma comissão para elaborar um texto que reflita o debate feito nesta primeira reunião da Executiva. O documento expressará a crítica do PSOL à política econômica do governo Dilma, a denúncia da criminalização dos movimentos sociais por parte das polícias e o apoio às manifestações que já tomam as ruas do país e às greves das diversas categorias de trabalhadores.

As discussões também apontaram alguns dos principais eixos que devem constar do programa de governo do PSOL para as eleições de outubro. Os membros da Executiva aprovaram ainda um calendário de seminários temáticos, que ocorrerá no período de março a maio, visando à elaboração do programa. A ideia, segundo o presidente do PSOL, Luiz Araújo, é transformar a formulação do programa em uma ação que realize um duplo movimento: dialogar com setores sociais insatisfeitos com as políticas atuais do governo e apresentar uma alternativa de esquerda articulada e coerente. “Precisamos de um programa que seja audacioso e se proponha a enfrentar as bases da política vigente”.

Pela proposta de metodologia, os temas a serem abordados nos seminários, que terão a presença de militantes do partido e de outras organizações do campo da esquerda, além de acadêmicos, são: política econômica e modelo de desenvolvimento; meio ambiente; mobilidade urbana; saúde e saneamento; educação e cultura; reforma agrária e política agrícola; segurança pública; direitos humanos e política de gênero; democracia, participação popular e democratização da comunicação; trabalho e emprego; e direito à cidade e às políticas urbanas (habitação, saneamento, reforma urbana, etc). As cidades que inicialmente serão sedes dos debates são Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Salvador, Fortaleza, Recife, Belém e Macapá, mas outras podem entrar no roteiro ao longo do processo. Uma comissão, formanda na reunião de hoje, será responsável por encaminhar a organização dos seminários.

Ainda em relação ao processo eleitoral, a Executiva também discutiu como será o diálogo com os partidos PSTU e PCB, visando à formação da Frente de Esquerda. As reuniões com as duas legendas já estão sendo agendadas e devem ocorrer ainda neste mês de fevereiro.

Fórum Social Pan-Amazônico e 30 anos do MST
Nos dias 28, 29 e 30 de maio Macapá-AP será sede do VII Fórum Social Pan-Amazônico (FSPA), evento que tem como objetivo articular os movimentos sociais, comunidades tradicionais e povos originais dos nove países da Bacia Amazônica (Brasil, Equador, Venezuela, Bolívia, Republica Cooperativa das Guianas, Suriname, Colômbia, Peru e Guiana). O Fórum tem também o desafio de aproximar culturas, quebrar o isolamento das lutas de resistência, fortalecer o combate anti-imperialista, desenvolver a autonomia dos povos, buscar a promoção da justiça social e ambiental, se opor aos modelos de desenvolvimento predatórios e daninhos aos povos que vivem na Pan-Amazônia e discutir alternativas que construam a justiça e a igualdade social.

Atenta a esse calendário, a Executiva do PSOL aprovou, na reunião desta sexta-feira, participar do Fórum em Macapá e também orientar a militância da região a se engajar no processo que culminará nos três dias de debates e trocas de experiências. A sugestão é que os militantes da região Norte, além de marcarem presença no Fórum, também participem do processo organizativo. O FSPA é um espaço autônomo e independente composto por movimentos, organizações sociais, representações de povos e comunidades.

Ainda como parte da articulação com os movimentos sociais, o PSOL marcará presença no 6º Congresso Nacional do MST – “Lutar, construir a reforma popular”, que será realizado de 10 a 14 de fevereiro, em Brasília. A expectativa do movimento é reunir cerca de 16 mil delegados e delegadas, dos 23 estados brasileiros e 250 convidados internacionais. O senador Randolfe Rodrigues, pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL, deve ir à abertura do 6º Congresso, marcada para a noite de segunda-feira (10). A Executiva do PSOL aprovou, ainda, levar sua saudação aos trabalhadores rurais sem terra pelos 30 anos de luta e resistência pela reforma agrária no país.

Encontro Nacional de Mulheres do PSOL
O Setorial de Mulheres do PSOL já está iniciando os preparativos do 3º Encontro Nacional de Mulheres do PSOL, previsto para ocorrer de 18 a 20 de abril deste ano. A expectativa, segundo Luciete Silva, da Executiva Nacional e também do Setorial de Mulheres, é mobilizar cerca de mil militantes mulheres em todo o país no processo preparatório do encontro. Aproximadamente 250 delegadas serão eleitas, para o evento nacional, nas etapas estaduais, que devem ser realizadas de 1º de março a 6 de abril.

 

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