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“O Brasil está sob o risco iminente de uma epidemia de despejos”, alerta Guilherme Boulos

Em seu artigo nesta semana na Folha de S. Paulo, Guilherme Boulos fala sobre a ameaça que o Brasil vive de passar por uma “epidemia de despejos” nos próximos dias caso a liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) em uma ação do PSOL que suspendeu despejos e reintegrações de posse no país por causa da pandemia não seja prorrogada até o próximo dia 3 de dezembro, data-limite de efeito da liminar.

“Em junho, o ministro Luís Roberto Barroso demonstrou grande sensibilidade social ao acolher uma ADPF do PSOL, juntamente com o MTST e a Campanha Despejo Zero, e decidiu suspender os despejos por seis meses”, relembrou Boulos.

“O período acaba agora. Caso a decisão não seja renovada, mais de 123 mil famílias podem ser removidas de suas casas nos próximos meses. São pessoas que vivem em áreas irregulares, com grande vulnerabilidade e que viram seu drama piorar com o aumento do desemprego e da inflação”, explica.

“Muitos deles, todo fim do mês, tem que optar entre o aluguel e a comida na mesa. No primeiro ano de pandemia, antes da proibição judicial, milhares de famílias foram despejadas. Essa foi uma das razões do crescimento da população em situação de rua nas metrópoles brasileiras, em meio ao caos sanitário”, diz Guilherme Boulos sobre a situação cada vez mais alarmante e que já conta com relatos crescentes de pessoas desmaiando de fome em filas de postos de saúde de São Paulo.

A situação sanitária instável, com a ameaça da chegada de uma nova variante da Covid-19, torna ainda mais urgente garantir que os brasileiros não percam suas casas durante esta crise social.

“A vacinação em massa melhorou muito o quadro, como previsto, mas as notícias que vêm da Europa são preocupantes. A variante ômicron e a resistência de parte da população à vacina colocam no horizonte o risco de uma nova onda. O número de casos e mortes voltou a crescer e alguns países decidiram retomar medidas restritivas”, avalia Boulos.

A expectativa de que o governo brasileiro, ainda sob comando de Bolsonaro, faça alguma coisa para conter a chegada da variante é nula. “O negacionismo do governo Bolsonaro nos leva a crer que o Brasil novamente não tomará ações suficientes para impedir a circulação internacional de pessoas. A chegada da ômicron por aqui parece ser uma questão de tempo. Antevendo esse cenário, várias cidades já decidiram, por exemplo, pelo cancelamento das festas de Carnaval. Só no estado de São Paulo, mais de 70 prefeitos tomaram esse caminho”, lamenta o pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSOL.

Estudo da Rede Nossa São Paulo mostrou que o índice de mortalidade por Covid de pessoas acima de 60 anos em Lajeado, no extremo leste da cidade de São Paulo, foi cinco vezes maior do que em Alto de Pinheiros, região nobre da capital paulista. “Foi assim, aliás, em todo o mundo”, ressalta Boulos.

“Seria trágico um eventual recrudescimento da pandemia ocorrer juntamente com uma onda de despejos no país. Por isso, para além de qualquer consideração política, é uma questão humanitária a prorrogação pelo Supremo da suspensão dos despejos”, conclui.

Leia o artigo na íntegra clicando aqui.

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